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[RP ABERTA] O último adeus à J. Crowley

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Mensagem por Aiden Veal Gough Sex Fev 05, 2016 10:47 am

RP ABERTA

O último adeus à J. Crowley

O Auditório da Columbia University Psychiatry foi fechado naquele dia para o funeral de Jonathan Crowley, psiquiatra e professor. Apesar do velho mutante ter uma personalidade difícil, até mesmo considerada bizarra por alguns, muitos dos assentos foram preenchidos.

Crowley era um mutante amado por poucos e temido por muitos. Sua morte levou algumas personalidades ao funeral pelos mais diversos motivos. Enquanto isso, poucos ali conheciam os segredos do falecido, um dos mais interessantes entre todos, aquele que ele conseguiu manter na surdina, foi o fato dele ter pertencido aos Zodíacos, ocupando a XI casa.

Ficha de J. Crowley:

- Participantes: Aiden & quem quiser aparecer, desde que tenha um motivo plausível para estar no local.
- Data: 22/01/2016
- Horário: À partir das 14:00
- Local: Columbia University Psychiatry
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Mensagem por Aiden Veal Gough Sex Fev 05, 2016 12:10 pm




welcome to the freakshow.
This is where the freaks go, This is the place that they can never take away.

As palavras que encerravam a homenagem de Phillip Titor, ex-aluno da CUP, ao meu mentor pareciam dominadas pela nostalgia e admiração. Poucos segundos depois o jovem diretor estava abandonando o púlpito, abrindo espaço para mais alguém dar suas últimas palavras em honra a Crowley.

Quando meu nome foi anunciado, suspirei profundamente. Não podia negar, estava abalado. J. Crowley ocupou a figura paterna que nunca tive, ensinou-me a portar-me como um mutante digno de honra e respeito, apesar de que para ele o sinônimo de respeito era temor. Ele lutou vigorosamente contra a morte, mas no fim, como era de se esperar, acabou perecendo. Contudo, ainda viveu longos anos sendo vítima da ELA. Ele era durão e teimoso, alguém admirável.

Sorri discretamente quando lembranças invadiram minha memória. Levantei-me com calma de uma das cadeiras reservadas às figuras mais importantes da vida de Jonathan. Eu estava ali porque o velho passou a me chamar de filho e fazia questão que todos me reconhecessem dessa maneira. Eu era sua continuidade de pensamentos, conhecimentos e objetivos, apesar de não ter seu sangue.

Ajeitei o óculos escuro e o nó da gravata. O sol brilhava fraco do lado de fora, e dentro daquele imenso auditório o silêncio era profundo. Dei meus passos cautelosos a fim de não romper o silêncio antes da hora. Encaminhei-me de cabeça erguida em direção ao púlpito. Ao subir os três pequenos degraus, decidi retirar o óculos para poder encarar diretamente aquele grupo de pessoas. Havia chegado meu momento de prestar a homenagem ao mutante. Os pontos mais importantes do discurso já estavam guardados em minha memória e de certo eu improvisaria nas palavras, gostaria de ser sincero ao máximo.

Olhei nos rostos de um número grande de pessoas, reconhecendo que a maioria ali deveria lamentar aquela perda em todos os sentidos. Tínhamos acadêmicos no local, figuras importantes em várias especialidades médicas, grandes renomes na psiquiatria e psicologia, além de alguns desconhecidos. Mas eu não poderia ser hipócrita em dizer que ninguém se agradou com sua morte. Talvez se eu procurasse bem encontrasse, J. Crowley não era santo, era um assassino e deixou uma grande herança para o mundo. E como se não bastasse, também me deixou seu legado. Então, sem mais delongas, dei início às minhas palavras:

- Sou mutante e me orgulho disso!

Imediatamente já senti o burburinho se instalar. Apesar da falsa paz entre a raça humana e mutante, algum de nós declarar seu orgulho era incomum. Os olhares mais suspeitos e confusos pairaram sobre mim, mas eu não poderia começar de outra maneira. Então prossegui sem nenhum tipo de receio:

- O Doutor Crowley reforçou esse pensamento, ajudou-me a sempre caminhar de cabeça erguida e honrando essa minha condição privilegiada. Ele também era alguém repleto de motivos para se orgulhar, um grande exemplo para todos. Felizmente viveu o suficiente para acompanhar essa época onde não precisamos mais nos esconder como aberrações. Somos o que somos, e ainda temos a capacidade de proporcionar grandes vitórias à humanidade. – eu permaneci firme em minhas palavras, enquanto em algumas pausas deixava escapar um sorriso sarcástico. Se alguns lessem meus pensamentos, perceberia o quanto estava sendo polido e contido, além de muito dissimulado quando me referia à humanidade.

- Jonathan dedicou boa parte de sua carreira aos estudos dos transtornos mais recorrentes em nossa raça, suas pesquisas ajudaram muitos. Enquanto a sociedade tratava de nos abominar, meu mentor cuidava para que todos voltassem à sanidade. Mas ele não se dedicou somente aos de sua espécie... Agora que ele se foi, perdemos muito, mas todos seus feitos permanecerão. Muitas de nossas vitórias devemos a ele, por isso seu nome será eterno. Pois... – dessa vez não consegui me controlar. Um sorriso aberto, sarcástico e levemente perverso se formou em meu rosto e eu finalizei com um tom mais ameaçador do que o normal:

- Toda boa semente dá grandes frutos. – acenei brevemente com a cabeça, tratando de analisar rapidamente a expressão de cada um no local. Ainda com passos calmos desci os degraus, seguindo em direção à minha cadeira, sentando-me rapidamente para dar espaço à próxima homenagem.

‘’Toda boa semente dá grandes frutos’’ – relembrei minhas próprias palavras enquanto pensava em seu significado. Jonathan não teve filhos, apenas uma esposa, e eles se divorciaram 22 anos atrás por ele ser estéril. O mutante era solitário, mas extremamente brilhante. Tinha uma mente invejável, uma inteligência fora dos padrões e poderes tão surpreendentes que poderiam matar qualquer um apenas com a força da mente. Sua única derrota na vida foi a incapacidade de perpetuar seu sangue, mas ao me encontrar ele pôde ao menos repassar seus conhecimentos e objetivos.

Esse homem tão poderoso acumulou muitas riquezas e quando sua vida estava quase chegando ao fim, concluiu seu grande projeto. Este foi a criação de um grande campo de dados com a listagem de inúmeras personalidades. Ficou sob minha responsabilidade dar continuidade ao projeto, eu teria que exterminar todos os nomes da lista e preenche-la com novos, precisava mostrar a nossa supremacia.

- Eu serei um grande fruto, doutor. Mortífero e indetectável como os mais poderosos venenos. – sussurrei.

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Última edição por Aiden Veal Gough em Dom Fev 07, 2016 5:36 pm, editado 1 vez(es)
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Mensagem por Yuli "Fenton" Coheen Sáb Fev 06, 2016 6:14 pm

Nesta tarde teremos "O luto do aprendiz", comprem seus ingressos! 


Meus olhos coçam e sinto vestígios de uma noite mal dormida, seguro-me para não bocejar e acabar sendo grosseiro, meu peito coça porque graças a uma vaidade tola depilei o pouco de pelo que nele crescia e ocasionalmente dou rápidas e discretas fungadas que anunciam um resfriado bastante impróprio, verifico o horário para me conscientizar melhor sobre quando eu teria que sair dali para o bar em que me apresentaria nessa noite e num breve momento me lembro de hoje de manhã enquanto escovava os dentes ter visto um pequeno animal, provavelmente um inseto, tão pequeno que a sua proporção me impedia de manuseá-lo sem mata-lo, meu terno apesar de não muito antigo esta grande em mim, não tanto quanto estava antes o que indica que estou ganhando peso e alguma massa muscular depois de meses de academia, corrida e pesos levantados, coço meu peito de novo enquanto olho para o ambiente ao redor e me pergunto.

- O que eu estou fazendo aqui? -

Nessa manhã de sexta-feira havia acordado com um "desejo" incomum, uma "vontade" que eu desconhecia, seguindo tal "sensação" fui me deixando guiar por uma anotação que encontrei na mesinha da sala de meu apartamento, nele dizia que eu devia usar o terno e ir para o auditório da Columbia University Psychiatry, eu queria ir até lá mesmo sem ter um bom motivo, talvez tivesse alguma palestra de Psiquiatria ou algo de meu interesse, mas aqui estou, num velório onde não tenho certeza se conheço o defunto.

A minha única vantagem é que o lugar tem bastante gente o que indica que o "figura" é famoso nessa área de escudo em que ele é apresentado e que a minha presença não chamava muito mais a atenção, eu poderia ser apenas mais um admirador ou um garoto que estaria tentando ganhar horas complementares em algum curso por estar relatando algo do evento, não importa, apenas agradeço por não ser tão notado num meio como aquele onde ainda não descobri a importância.

Eu fiquei um bom tempo ali, olhando perdido no ambiente até reconhecer alguém, um rapaz que havia tomado posição no palco do espetáculo, ele era jovem, mas provavelmente mais velho do que eu, tinha um semblante astuto e um comportamento "nobre", mas uma pequena parte de mim me alertava de que não era bem assim a plena natureza do indivíduo. Com o tempo eu o reconhecia, aos poucos, trechos de memória surgiam na minha mente e com elas informações como pequenos gostos, comportamentos e seu nome, Aiden, Aiden Gough, o Áries.

Eu não consigo recordar da onde ou como conhecia o garoto, mas sabia o importante sobre ele e com o tempo mais trechos surgiam, infelizmente a busca pela lembranças havia chegado ao fim quando a sua apresentação se iniciou.

Cada palavra parecia haver uma mentira, mentira não, uma sinuosa curva de significado e eu me surpreendia por entender a maioria delas sem saber o "como" de tudo isso, cada olhar de Aiden parecia tão claro para mim que chegava a me assustar, não que o garoto não tivesse por si mesmo um estilo "assustador, mas porque eu captava o que ele queria dizer, e o mais assombroso disto para mim é que... me agradava, me agradava vê-lo falar aquilo e me agradava "quem" ele era...

... mas por quê?




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Mensagem por Alecto Gorgon Dom Fev 07, 2016 3:40 am


Not's safe to cross my path...
...someone can end by Stung

A forma indiferente com que eu olhava para o local passava totalmente despercebida pelas pessoas. Entre aquelas que estavam com seus sentimentos ao limite e aquelas que precisavam demonstrar o mesmo, eu era a única que parecia se manter distante de todo aquele sentimentalismo.

Enquanto permaneço no fundo do local, meu olhar vaga distraidamente, memórias de certo tempo atrás me atingem como uma bigorna sendo jogada sobre minha cabeça.
"Ah seu idiota" sussurro para mim mesma, me lembrando de tantas vezes que havíamos discutido ou brigado por causa de alguma situação besta.

Crowley era um homem brilhante, mas uma pessoa difícil de se conviver, ainda mais quando metade da sua vida é secreta e você costuma ter um alto falante que berra aos quatro ventos o que você é e o que faz. Sim, sobre isso nós éramos extremamente diferentes, e minhas ações o irritava tanto quanto as dele.

Embora nossa convivência fosse complicada na maioria das vezes, aquele velhote havia conseguido me conquistar ao longo dos anos. Era prestativo, divertido e sabia muito bem quais eram seus objetivos - algo raro hoje em dia-

A voz de Aiden me trouxe de volta ao local, o BELO E desequilibrado, Aiden.
O jovem que havia evoluído tanto em tão pouco tempo, o suficiente para tomar o lugar de Crowley como casa Xi.

De forma entediante, escutei seu discurso enquanto pensava em o que faria na hora do jantar. A fome não me deixava pensar direito, tampouco prestar muita atenção nas palavras do rapaz. embora eu soubesse que todo aquele discurso era para sanar a necessidade humana  de ter algo a o que se apegar, achava sinceramente que Aiden não se prestaria a isso, é.. Me enganei.
Seu olhar como sempre era o de uma serpente pronta para dar o bote em sua presa, e eu adorava aquilo.


306 words » made by secret from tpo
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Mensagem por Aiden Veal Gough Ter Fev 09, 2016 5:45 pm




welcome to the freakshow.
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Uma nova figura subiu ao púlpito e mais uma homenagem teve início, mas daquela vez conseguindo ter palavras mais dissimuladas que as minhas com relação à humanidade. Aquele que se prestava a falar mentiras era apenas um dos grandes rivais de Crowley na área psiquiátrica. Por muitas vezes trabalhou em derrubar as teses de meu mentor e eu estou certo de que estava muito feliz por ele ter morrido. Seu nome era Sawyer Clarkson, um velho de uns cinquenta e poucos anos e alguém que estava sob investigação. As suspeitas de que seria um U-man precisavam ser comprovadas ou descartadas. Seu nome, de qualquer maneira, estava na lista de abate.

A minha boca secou, enquanto meu olhar se tornou sarcástico ao encarar o homem tão pomposo e forçado, em seu discurso ele insistia em abusar das palavras mais ‘cultas’ do dicionário. Talvez não quisesse se mostrar como a simples ralé bolsista que com muito custo conseguira seu diploma décadas atrás.

Ficar ouvindo suas mentiras e alfinetadas bem executadas ao ponto de quase passarem despercebidas não era agradável, principalmente porque eu  não podia fazer nada. Por isso me levantei, olhei para o relógio e simplesmente sai daquele circo, pelo menos por alguns instantes. Pouco me importei com os olhares que se voltaram para mim, certamente alguns achavam uma falta de respeito tal atitude, mas de nada me importava o pensamento daquela gente.

Cruzei o corredor que dava acesso a uma das portas de saída. Como sempre, com meus passos calmos e firmes.  Ajeitava minha gravata, recolocava o óculos escuro, até ficar de frente para a porta. Toquei sua maçaneta, mas antes ainda me virei para Sawyer. Os olhos negros, enrugados e traiçoeiros do velho se encontraram aos meus, parecendo querer passar alguma mensagem ofensiva, já que ele me encarou firmemente. Provavelmente pensou que eu iria desviar daquele olhar, temê-lo. Mas não. Fiz questão de mais uma vez tirar meu óculos apenas para retribuir aquilo que tomava como uma afronta grave. Fixei meus olhos sobre ele, abri a porta em um único movimento e por último dei um sorriso de escárnio.  Depois disso, saí da sala.

Deparei-me com um corredor largo, escritórios e salas podiam ser encontrados por cada lado, além da grandiosa farmácia que vivia trancada e que apenas os professores e médicos mais antigos, além da direção, tinha acesso. Em meio a tantas portas pude encontrar um bebedouro e fui até ele me servir. Olhei mais uma vez para o relógio, aquilo iria demorar mais algumas horas. Suspirei pesadamente, tirando um maço de cigarros de dentro do bolso do paletó. Acendi um e me recostei contra a parede. Provavelmente algum segurança iria aparecer para relembrar que era proibido fumar no corredor, mas disso era fácil cuidar. O importante é que o tempo precisava passar.

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Mensagem por Yuli "Fenton" Coheen Qua Fev 10, 2016 11:37 pm

Bela apresentação, Gough! 


Olhar para Aiden me fez ficar confuso, minha cabeça havia começado a doer e pensamentos estranhos surgiam em minha mente, por um breve momento me lembrei de uma máscara, A MÁSCARA.

-

"Ah, belo discurso, Áries. Belíssimo discurso, mas esta dando muito na cara suas intenções. Nossa, que droga, esse corpo não me é digno, mas me serviu bem garoto, muito bem."

Me levantei e fui andando calmamente de cabeça meio baixa para a base lateral do palco, verifiquei se não havia ninguém olhando e fui palpando a lateral de madeira até encontrar um forro falso, o empurrei e rapidamente puxei uma mochila universitária comum que havia escondido no local, depois simplesmente voltei a colocar o forro na posição original.

Não sei bem o motivo pelo qual eu havia feito isso, foi na madrugada de ontem para hoje, garantia de que eu tivesse o material necessário para abordar Aiden e sinceramente não acho que seja relevante que eu faça isso, mas ainda assim eu queria, havia um desejo ali de conhecer melhor o prodígio da casa XI.

Com a mochila em mãos avancei de cabeça baixa seguindo Aiden de forma predatória e discreta, o rapaz havia acabado de dar o discurso de despedida há seu antigo mestre e suas olhadas para o atual discursador indicavam algo de "ruim" entre eles, mas isso não importa para mim agora.

Cabeça abaixada, mochila em mãos e dou uma ultima olhada para onde o rapaz estava indo. Entro no banheiro masculino e dentro de um dos box abro a mochila, dela tiro uma blusa grande para o meu tipo físico, removo meu terno e o dobro da melhor forma que posso tentando coloca-lo na mochila tirando minha máscara de dentro dela, a máscara, minha face.

O terno poderia se descartado se Fenton não gostasse tanto dele e não gosto de fazer coisas que podem chatear o rapaz ou dar na cara que eu altero tanto a sua vida então iria devolver a roupa para a residência. Coloco minha máscara e puxo o meu capuz para cobrir a minha cabeça, a calça social não era tão marcante, apenas preta e lisa, mas ele saberia que eu estava por lá antes graças a isso, da mochila também tiro a bota tipica do meu uniforme e troco meu calçado, pronto. Trabalho feito.

Na frente do espelho me encaro, quase três centímetros mais alto, coluna ereta em excesso e com a máscara minha voz fica mais grossa, madura, confiante, artística. A roupa me ajuda em excesso, o físico que tenho nada fica aparecendo e eu claramente me torno outro homem nada semelhante ao garoto que parece muito mais novo do que a idade deveria mostrar.

Deixo o banheiro para trás, a mochila nas costas, ainda discreto percebo Aiden fumando em área imprópria, no entanto ele tem as manhas dele para se livrar do problema, parece distraído em seus próprios pensamentos.

- É triste perder alguém que se afeiçoou tanto? Acho que não me lembro da sensação. -

Falo de forma serena e teatral, poderia falar "Meus pêsames" ou até, "sinto muito", mas ambas seriam mentiras e apesar de Aiden adorar ser um mentiroso não queria engana-lo, não acho que eu seria capaz.

- Ele foi seu herói, agora você tem o legado dele. Vai cumprir seu papel na peça, Áries. Sei disso e você também. Com toda a sua estirpe de príncipe gótico e juventude você oculta uma técnica singular que lhe faz obter sucesso a seu modo é isso é curioso. -

Quando fiquei sabendo "como" Aiden conseguiu seu posto, confesso ter ficado incomodado, eu tive que praticamente seduzir meu antecessor, me submeter a boatos ridículos, engana-lo, menti-lo e bajula-lo até inflar o ego de Christian de tal modo que ele tivesse tão cego ao me enfrentar que eu pudesse assassina-lo sem precisar duelar com ele, mas o atual Áries conseguiu seu posto de herança, dado a ele como um presente a um garoto vil e mimado, eu admirava a sua habilidade apesar de sempre ter considerado seus poderes cheios de sadismo e nem um pouco "belo", mas fazer o que? Nem todos tem a minha genialidade artística. De resto não posso dizer que não gosto do rapaz, ele é cativante, carismático e "duas-caras", um ator competente e parte de mim torcia para que ele me desse motivos para tornarmos aliados e amigos e não apenas colegas de monstruosidades.

- Sua apresentação foi digna, boa o bastante para orgulhar aliados e tremer os teus "antagonistas". Mas você também já sabe disso. -

Finalizo me encostando na parede fazendo apenas mais um comentário.

- Se alguém nos vir, acho que você se livra do problema, certo? -






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Mensagem por Aiden Veal Gough Dom Fev 21, 2016 12:09 pm




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Sentia a fumaça venenosa preenchendo meus pulmões, os pensamentos iam e vinham cheios de altos e baixos. Experimentava naquele instante o limiar entre a sabedoria e a insanidade. Quando tudo ali terminasse eu poderia considerar ter ganhado uma nova vida, novas oportunidades, mas também novas responsabilidades. Poderia dizer que a incerteza me dominava, mas estaria mentindo para mim mesmo e mentir para si apenas te torna vulnerável.

Ouvi passos vindo em minha direção, alguém além de mim estava naquele corredor. Pouco me importei em virar meus olhos para aquele que chegava. Se tivesse a intenção de falar comigo, logo falaria e foi isso o que aconteceu. A pessoa fez sua pergunta sem mostrar muita cerimônia ou ‘condolências’. Nos primeiros segundos eu sequer o encarava, tratei de tragar o cigarro mais uma vez até voltar minha atenção para ele. A primeira sensação foi de surpresa, eu tinha ali uma das casas do Zodíaco. O mascarado misterioso que representava Libra. As informações que tinha sobre ele apareceram em minha memória como uma enxurrada, mas eu me mantive focado em encarar as sombras de seus olhos sob a máscara e finalmente respondê-lo:

- Gratidão é um sentimento nobre que precisamos desenvolver, ainda que possa não parecer muito útil para nossa condição. E eu não diria que estou triste, apenas decepcionado. Quando alguém como Crowley te abandona, você perde uma enorme fonte de conhecimentos. Isso sim é para lamentar, e muito.

Meus olhos permaneceram firmes sobre o rapaz mascarado, e eu finalizei aquele trecho da conversa dizendo:

- Não está perdendo muita coisa por não se lembrar de como se sente. Sensações e emoções muitas vezes te destroem. – tinha muita certeza em meu tom. Com o fim daquelas palavras também chegou o fim do cigarro que fumava. Larguei-o no chão, pisando com força sobre ele.

As palavras seguintes de Libra me fizeram cogitar a possibilidade de que estava me elogiando e eu, confiante e prepotente, adorava ser reconhecido. Por isso abri um sorriso largo, chegando ao ponto de parecer irritantemente presunçoso, apesar de não ser essa minha real intenção.

- Se formos falar de modos curiosos, acredito que você não decepcione. E sim, eu sei que vou cumprir meu papel nessa peça. – a partir de então o sorriso largou tornou-se um pouco irônico, era impossível evitar. Eu me recordava dos boatos que já havia ouvido sobre aquela figura singular. Mesmo eu ainda sendo relativamente novo no grupo dos Zodíacos, era impossível não ouvir. E pouco a pouco eu formava minha ideia sobre o assassino que mostrava cuidado em cada palavra que pronunciava. Ele havia se tornado um perito admirável quando o assunto é conquistar pela vaidade.

- Na verdade quando comecei a falar, não estava pensando em fazer ninguém se orgulhar ou temer. Mas sempre é proveitoso quando isso acontece.

O rapaz recostou-se contra a parede, ficando a um pouco mais de um metro de distância. A minha resposta para sua última pergunta foi apenas mais um sorriso, este de canto, ainda mais certo e confiante. A partir de então passei a analisa-lo sem a mínima intenção de me manter discreto. O que havia ouvido sobre ele me levava a acreditar que era artista na hora de manchar suas mãos com o sangue das vítimas. Era realmente algo curioso, pois alguém sempre encara a morte como algo cruel, feio, apavorante. Mas ainda assim, ainda que as habilidades daquele zodíaco fosse algo interessante, a maneira como conseguira entrar para um grupo tão seleto era o que mais intrigava. Eu sequer havia conhecido a Décima Casa anterior, mas o achava um tolo por se deixar ludibriar pelas artimanhas do rapaz. Foi então que me surgiu a dúvida e eu não gostaria de guardá-la para mim, não tendo a melhor oportunidade para saná-la.

- O que te trouxe aqui? O quanto conhecia Crowley?

Meu mestre era um homem de convicções fortes, ideias nazistas, dominadas por extremismos e muita intolerância. Ideias com as quais eu simpatizava e compartilhava. E pelo que eu conhecia do velho, ele não se sentiria a vontade tendo Libra muito próximo. Mas as pessoas surpreendem, para o bem ou para o mal.

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Mensagem por Yuli "Fenton" Coheen Dom Fev 21, 2016 11:25 pm

Bela apresentação, Gough! 

Encostado na parede suspiro passando a mão direita pela minha nuca massageando-a enquanto absorvia tudo que Aiden falava, ele sabia ser educado e foi engraçado ver que eu ainda tinha a habilidade  de bajular o "ator principal" de cada peça a ponto deles começarem a mergulhar em sua vaidade, felizmente eu não estava competindo com Áries e toda aquela minha jogadinha social (maestria de Libra) tinha uma notável verdade envolvida.

Respirei fundo e pela máscara o olhei com cuidado, eu tinha plena noção dos meus olhos estupidamente azuis e o quanto eles são marcantes quando visto encarando as pessoas, era uma das poucas coisas que eu não julgava necessitar melhora em Fenton, o garoto tão simplório, mas tem olhos realmente belos e de uma profundidade emocional e "artística" linda, marcante e digna. OLHOS

- De todo modo, Aiden, igualmente a você e todas as outras casas o seu mentor não conhecia minha face ou o nome desse corpo sem máscara. Nós nos conhecemos com certa simpatia porque segundo Crowley, ele detestava o meu antecessor, Christian, então eu livrei os Zodíacos de um "requintado" nobre cheio de pompa e nenhuma utilidade real. Não que controlar e manipular gelo acompanhado de uma habilidade de esgrima admirável deixasse de ser útil, mas o orgulhoso homem mais contava vantagem do que realmente tinha.  Em todo caso Jonathan e eu não éramos amigos, ele provavelmente achava o meu estilo leviano e sem valor cientifico e intelectual. -

Então me afastei da parede e andei ao redor de Aiden me posicionando no ponto oposto e me virando novamente para olha-lo.

- Com o passar do tempo Alecto começou a me usar para resolver assuntos sociais e diplomáticos como seria apropriado ao posto de Libra e isso fez com que Crowley até que admirasse o meu trabalho já que aparentemente o "social" é algo que a maioria das casas evita. Em outras palavras éramos como bons colegas que tinham funções e modos de fazer as coisas demasiadamente diferentes. Acho que é isso, mas sinceramente, como você herdou o posto de Jonathan, eu achei que ele tinha lhe dado uma introdução sobre as casas, ou pelo menos a forma dele pensar sobre nós. Ele lhe disse algo sobre mim? -

Pela máscara, minha voz saia grossa e madura, graças a minha postura e o sapato num estilo velho-oeste com salto sutil, eu ficava ainda mais alto que Aiden, mas o intuito não era parecer ameaçador, eu era um artista e não posso ser amado se for temido. Do bolso da calça peguei uma borboleta feita em pedra-sabão, delicada e perfeitamente ornamentada a movi de um lado para o outro a observando cuidadosamente.  

- Em todo caso eu vim aqui por respeito e sinceramente, tinha o intuito de ver o que você iria fazer, talvez lhe cumprimentar, somos colegas, mas apesar do Zodíaco preferir a aparência de monstros homicidas, eu creio que ter uma boa relação com aliados é importante, em combate, um pode salvar a vida do outro e isso não vai acontecer apenas por compartilharmos a mesma equipe. Os nossos inimigos sabem fazer isso, é lógico, racional e estratégico como a maioria de nós gosta de pensar, mas sempre esquecem que algum grau de harmonia no grupo é muito bom. -

Falo da forma mais convincente e diplomática que consigo torcendo para sair dali com um potencial aliado e quem sabe outrora um amigo, é muito desagradável não poder contar com aquelas pessoas que estão ao seu lado em combate.








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Mensagem por Aiden Veal Gough Ter Fev 23, 2016 12:17 am




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Talvez houvesse uma sincera verdade nos elogios de Libra, ou talvez ele fosse puro talento na arte da diplomacia e trato social. O fato era que o Zodíaco sabia usar as palavras e isso realmente era admirável. No mundo em que vivemos todos devem saber usar a melhor arma e nem sempre ela precisa ser necessariamente ofensiva. Como um bom conhecedor da manipulação, tinha que reconhecer que Libra, mesmo que de forma inconsciente, era sábio nessa arte. Talvez fosse interessante tê-lo por perto.

Ouvi com atenção sua resposta. Havia certa verdade no que dizia. Principalmente quando ele dissera que a área social é bem evitada no nosso grupo, isso é fácil de supor, eu via isso em meu mentor. Crowley era um tipo bronco e rabugento, odiava parecer sociável. Não posso dizer que ele lutava para se manter antipático, se fizesse isso não chegaria aonde chegou, mas ele nunca foi uma das pessoas mais fáceis para lidar. Talvez realmente aturasse Libra, por mais que fosse forte em suas convicções, permitia-se ser maleável quando era de seu interesse.

Quando o rapaz perguntou-me sobre Jonathan ter falado algo sobre os outros zodíacos, nem pensei muito em responder:

- Descobrir as coisas por mim mesmo era uma das tarefas que ele mais prezava. Crowley ao mesmo tempo em que me dava suas lições, permitia que eu pensasse por mim mesmo. Ele não queria uma cópia barata que fosse substituí-lo. Por isso descobrir e formar minhas próprias ideias sobre cada membro ficou sob minha responsabilidade. Até agora sei que temos uma Zodíaco no topo e ela me parece bem precipitada e destrutiva, ainda temos também um cego megalomaníaco e sobre você... Bem, ele me disse que você encontrou seus próprios métodos para chegar aonde chegou, mas que há uma boa divisão em suas atitudes. Jonathan era cauteloso quanto ao seu disfarce e sempre achou inteligente manter-se no oculto, pois um inimigo soturno é muito mais perigoso. Compartilhamos desse mesmo pensamento, você também parece concordar com essa opinião.

Eu observava cada atitude da Décima Casa. Manter seu rosto em sigilo por tanto tempo não era tarefa fácil. A diplomacia também era de se admirar. Eu seria muito precipitado em definir com exatidão um pensamento sobre ele naquele momento, como um psiquiatra teria que ir à fundo e descobrir tudo o que envolvia a psique de cada indivíduo, isso era uma regra. Poucos realmente me interessavam, poucos realmente tinham algo relevante para apresentar, o que tornava a tarefa monótona. Eram sempre os mesmo problemas, os mesmos traumas, as mesmas personalidades. Tudo parecia um círculo infinito de mesmices. Com Libra isso não acontecia. O rapaz era intrigante e me fazia refletir, principalmente quando revelou que achava interessante a ideia do grupo prezar pela aliança. Eu sempre fui um estrategista e reconhecia que uma mente é muito mais limitada do que muitas. Tínhamos um grupo praticamente independente, onde cada um trilhava seu próprio caminho, eu mesmo não suportava receber ordens. Mas em certos momentos da vida sempre nos deparamos com algo que nos obriga a pensar de maneira coletiva. Eu tinha meus objetivos, o grupo poderia criar seus próprios objetivos que atraísse meu interesse e Libra estava certo...

De qualquer forma, seria desafiador tentar decifrar aquele Zodíaco e eu não perderia nada se aceitasse uma aliança formal. Ele era o responsável pela social do grupo, era esse seu trabalho e eu talvez pudesse me aproveitar disso no futuro.

- Bem, nossa relação se iniciou de maneira amistosa. Até agora não vejo nenhum motivo para não considerar suas palavras. Só não confunda parceria com sacrifícios. – minha última frase poderia parecer não muito clara, mas eu queria definir limites.

Acabei pensando em qual papel acabaria por tomar no grupo. Libra era o diplomata, Scorpion a destruidora, Virgo eu ainda não sabia como definir. Mas eu, justamente eu, também não conseguia enxergar minha importância. Sim, eu ainda era um jovem, naquele momento deixava de ser aprendiz para finalmente ingressar como um real Zodíaco. Antes eu, apesar de conquistar uma das casas mais poderosas, era visto apenas como um coadjuvante, a sombra de Crowley. Eu precisava me tornar maior que ele. Tudo a nossa volta é dominado por imagem e temor. Se eu não soubesse como realmente me portar a partir dali a minha nova realidade poderia me destruir sem qualquer compaixão.

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Mensagem por Yuli "Fenton" Coheen Qua Fev 24, 2016 4:45 pm

Bela apresentação, Gough! 


Então era isso, o velho dava a Aiden as perguntas, mas nunca as respostas o que querendo ou não acabava por limita-lo apenas ao conhecimento que o rapaz mesmo adquirisse. Era um método interessante, de fato porque fortaleceria a própria noção de raciocínio lógico do Psiquiatra e a própria habilidade do rapaz de julgar uma pessoa e avalia-la como bem entendesse, aliado ou inimigo, caso o rapaz errasse e se metesse numa enrascada o problema e a responsabilidade por isso seria exclusivamente dele.

Foi inevitável para mim sorrir escondido pela máscara quando Áries comentou sobre o comportamento da Escorpião, logicamente compartilhávamos da mesma linha de raciocínio lógico, porém por motivos diferentes já que posso deduzir que ele a avaliou psicologicamente enquanto eu estou aqui criticando a falta de talento artístico da moça.

A opinião do rapaz a minha frente era clara, óbvia, nítida como água pura de um lago Irlandês pós degelo onde não havia muitos mistérios a serem buscados, ele me via como uma força viável e interessante que ele poderia usar a favor próprio, caso ele seja arrogante demais vai pensar que pode me usar como arma, até porque sim, eu sei que posso ser muito útil como tal, apenas matar sem pensar. Se ele for inteligente vai perceber que sou muito mais viável como aliado e potencialmente amigo, simplesmente pelo fato de que uma arma pode ser voltada contra ele facilmente, mas se formos amigos eu não teria motivos para trai-lo, de qualquer modo ele mostrou interesse em prosseguir com uma firmação de aliança.

A  presença dele nos Zodíacos era de meu agrado por fazer com que eu tomasse conhecimento de que não era apenas a minha pessoa que tinha “senso crítico” no grupo, mas existia uma variável assustadora ali entre nós dois, o Áries é um psiquiatra, ele gosta de nos avaliar como é de comum situação de profissionais ligados a mente e como um de nós, pessoas que brincam na margem da lei, ele ira usar isso não só para tomar conhecimento das características dos outros membros do grupo, mas vai pretender manipular a conjuntura da obra.

Tomei alguns segundo de silêncio depois que ele falou a ultima frase sobre sacrifício, um tempo onde ele não poderia ver a minha face além de apenas os meus olhos e ainda assim com dificuldade se levarmos em consideração o relevo da máscara que impede melhor visão dos mesmos, esse tempo foi apenas um silêncio inquietante como se qualquer mente por trás da máscara tivesse se ausentado.

- Hahahaha... - Gargalhei por um curto período enquanto rapidamente me recuperava. -... sabe, você tem plena razão sobre a Scorpion, ela é emotiva e descontrolada e seu comentário me fez lembrar sobre a sujeira que ela costuma fazer, é algo insano, tanto poder destrutivo carente de talento. Em todo caso, rapaz, não peço para você "sacrifícios", peço para você "consideração", seria tedioso e frustrante ser deixado para trás numa situação em que claramente você optou por isso apenas graças a algum tipo de ego vilanesco, torço para que em combate você não vista a carapuça de "Dick Vigarista" enquanto sacaneia qualquer um para ser bem sucedido. Eu não irei dar as costas para você se precisar de ajuda, mas se um dia fizer isso comigo torça para ser mais rápido do que eu.

Com o decorrer da frase meu tom de voz se alterna, de um carismático divertido para bastante grave e séria, eu odiava o por mim mesmo citado "Ego vilanesco", a mania estupida que algumas pessoas tinham em querer desesperadamente parecer más, quando essas pessoas fazem isso tendem a serem idiotas e patéticas, graças a esse tipo de gente uma boa trama se torna previsível, tosca e imbecil onde esse maldito personagem da história decidiu ser covarde e tolo ao mesmo tempo. Mesmo com o tom mais sério no final de minha fala, a minha voz volta ao normal, melódica e teatral centrada numa simpatia serena.

- Certo então, espero que Alecto não se irrite com isso, ela tende a ter um emocional sensível e eu realmente não gosto de perder tempo com a instabilidade da moça, caso você não a conheça eu já lhe aviso que ela faz jus ao Signo que representa, ela é sensível demais e geralmente vingativa demais, somando as duas coisas entenda que ela facilmente pode tomar rancor por você simplesmente graças a coisas minimas. Sei que você prefere descobrir as coisas por mérito próprio, mas isso é algo que é melhor saber antecipadamente. -

Termino a frase ainda com a borboleta esculpida na mão, todo o momento em que falei com Aiden o objeto era movido entre meus dedos como um tique comum, assim que terminei de falar voltei a encarar o ornamento.









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Mensagem por Aiden Veal Gough Sáb Mar 05, 2016 12:09 pm




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Meu momento de auto reflexão foi interrompido pelas discretas gargalhadas de Libra. Fixei meus olhos analíticos sobre ele, a Décima Casa tratava de opinar sobre aquela que ocupava o topo do nosso grupo. Sorri de uma maneira maliciosa quando aleatoriamente me questionei em pensamento se ela apreciava tanta destruição na cama. Foi um pensamento estúpido, eu sei, mas foi algo que não pude controlar. Imaginar uma simples mulher no topo de algo tão importante, sendo definida como emotiva descontrolada acaba por me fazer liberar toda minha ideia sobre o gênero feminino e, sinceramente, as coisas mais certas que algumas mulheres fazem encontramos no sexo ou quando elas tratam de cuidar, caladas, da casa.  Mas Libra continuou com suas palavras, dessa vez mudando o foco para comentar sobre minha indireta referente a sacrifícios. Dessa vez fui obrigado a respondê-lo:

- Não sou tolo ao ponto de sacanear alguém que pode salvar minha pele em um momento crítico, prefiro sacanear aqueles que me provocam problemas. Sobre a ‘’consideração’’ que você fala, peço apenas que reflita sobre o que viu aqui hoje. Alguém como nós normalmente não iria se prestar a fazer o que fiz. Sei reconhecer amigos e aliados.

Talvez se eu fosse um simples ignorante não perceberia o tom mais grave e sério do zodíaco em sua última frase, mas eu consegui perceber que algo o incomodava. Não pude definir o que com exatidão, não era telepata, mas o zodíaco também parecia vingativo quando se deparava com algum tipo de traição. A maioria é assim. Resignei-me a sorrir discretamente quando ele finalizou com algo que parecia uma ameaça, mas que preferi tomar apenas como um aviso.

Meus olhos voltaram-se para ambos os lados do corredor, a conversa se prolongava e estranhamente ninguém havia aparecido. Bem, alguém encontrar uma figura mascarada conversando comigo seria no mínimo intrigante. Pensava nisso quando senti que Libra retomava seu tom sereno, agora passando a expor com mais clareza seus pensamentos sobre a nossa Décima Segunda Casa.

- Você se esquece que eu lido com todo tipo de pessoas, especialmente as mais instáveis. O rancor dessa mulher pode ser sua maior fraqueza, assim como sua sensibilidade. Normalmente pessoas instáveis emocionalmente acabam por ferirem a si mesmas, eu só preciso saber como não acabar virando a vítima de seus acessos de descontrole. – disse com segurança. Naquele momento sequer conhecia Alecto, talvez estivesse enganado com minhas palavras, mas os anos de estudo me fizeram acreditar nisso. Pessoas inconstantes, precipitadas e muito emocionais são sim muito perigosas, mas em algum momento da vida acabam por acabar se tornando suas maiores vítimas. E então eu me senti intrigado e instigado a conhecer aquela que parecia ser apenas uma mulher descontrolada, irracional, mas com grandes poderes nas mãos. Queria saber o quanto merecia o alto cargo.

Suspirei profundamente. Estava ansioso, mas de uma maneira positiva. Libra certamente era uma figura interessante, igualmente a Scorpion. Ambos eram muito diferentes, como água e vinho. E eu? Bem, eu naquele momento já tinha esquecido sobre refletir sobre mim mesmo e minha posição naquele grupo. Olhei para o zodíaco ao meu lado, não deixei de perceber seus olhos sobre a borboleta esculpida que ele passava entre os dedos. Ele era um artista, apreciador da beleza em todos seus momentos. Já eu preferi olhar para meu relógio, o tempo passava e em breve a homenagem ao meu mentor teria seu fim. Acendi mais um cigarro, quando ele terminasse talvez fosse a hora de retornar ao auditório.

- Com tudo o que você falou sobre essa mulher, acabei por ficar tentado a conhecê-la. – revelei, dando um forte trago e depois finalizei: - Gosto de desafios.

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Mensagem por Yuli "Fenton" Coheen Dom Mar 06, 2016 10:35 pm

A Bela Arte 



A máscara é um um objeto curioso, a máscara? AS MÁSCARAS, das mais simples confeccionadas para festas infantis até as mais estilosas, as mais belas, as minhas. Elas ocultam falhas, nos dá confiança e nos promete mistério, causam admiração e medo e talvez nada seja mais importante no alvorecer de um espetáculo. Agora a minha máscara? Ela é perfeita, tamanha perfeição que a minha imagem física seria incapaz de projetar, feita de marfim, mármore e pérola com liga de prata, aço e vibranium, possui um preço de mercado incalculável, mas ela é minha, apenas minha e irrestritamente minha e sempre volta para mim. Por detrás da máscara existe um tecido de Kevlar resistente tão próximo de minha face que fica praticamente acoplado a minha cabeça, desse modo mesmo que a máscara fosse removida do meu rosto tudo o que veriam é um tecido negro que cobre mais de 90% de toda a minha cabeça permitindo apenas que meus olhos ficassem a mostra, um objeto de uma resistência e mistério impressionante. Existe magia e ciência naquele item, existe SUPREMACIA em minha face.

- Tic tac, meu caro amigo, me conte. Quem diria que a máscara não é o meu rosto? -

Falo, o tom saiu mais alto do que deveria ter sido, mas falei para mim, exclusivamente para mim e Aiden poderia entender errado.

- Perdoe-me haha, perdoe-me, as vezes me perco nos nuances da minha mente, estava refletindo sobre a beleza artística de adornos. Sabe, meu caro, acho que você e a Alecto fariam um dueto espetacular. Ela não é rancorosa, apenas vingativa, eu creio. Você vai entender melhor quando a conhecer, o meu problema com a Alecto é puramente artístico, entende? De resto eu costumo admirar o que ela é capaz de fazer se não ela não estaria no posto que esta. -

Guardo novamente a borboleta em meu bolso e respiro fundo, estalo meus dedos e me movimento novamente pelo corredor dando uma volta circular como um passo de dança.

- Vamos parar de falar de Alecto, ela é interessante, mas nem tanto, ela é Jackson Pollock demais e eu não aprecio balburdia desnecessária de uma pintura abstrata. E você? Aiden, sabemos como você chegou em seu posto, mas eu não tenho certeza se sei sobre a sua história pré-Zodíacos. -

Falo com bastante curiosidade, minha voz saindo grossa pela máscara, madura, melodiosa e teatral.











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Mensagem por Alecto Gorgon Qua Mar 09, 2016 5:23 pm


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Interações sociais nunca foram meu forte. Não me entendam mal, não tem nada a ver com os meus ideais, esses problemas surgiram muito antes, quando eu ainda era criança.

Não saber exatamente o que falar e o que fazer em uma determinada situação me deixava desconfortável, eu logo começava a hiperventilar e lá se vão minutos cruciais para poder retomar o controle do meu próprio corpo. Situação tão engraçada, poder matar ou estripar com facilidade, mas não conseguir dizer meus pêsames direito.

Permaneci no fundo do local por um bom tempo, a respiração regularizava aos poucos, minha barriga vazia reclamava enquanto eu sentia uma súbita vontade de comer coxinha. Como se o gosto fosse diferente.

Olhei ao redor procurando por Aiden, passei por alguns velhotes enquanto minha mente girava e eu ensaiava meu discurso mentalmente.
- Meus pêsames, Querido - "Não, não, não. Querido ? Sério ?"
- Sinto muito pela nossa perda, meu jovem. - "Ah, claro, agora eu sou a vovó." As palavras simplesmente não se encaixavam em uma frase que não soasse constrangedora. Após passar por um grupo de senhoras que choravam inconsoláveis, finalmente encontrei Aiden, e pela minha surpresa, Libra.

Me aproximei calmamente, corpo ereto, passos firmes, queixo erguido, nada melhor para acalmar sua ansiedade do que tentar concertar sua postura enquanto anda. Meus passos firmes não pareciam ser o suficiente para poder atrair a atenção de ambos e terminar com o seu assunto, eu esperava poder falar algo bonito e ir embora, comer coxinha, lógico, mas a presença de Libra ali me deixava intrigada, talvez eu demorasse um pouco mais.
Me aproximo de Aiden e finalmente encontro seu olhar, o rapaz não parecia saber exatamente quem eu era, e eu não o culpo, conhecendo Crowley minha identidade deveria ser totalmente um mistério para o novo Casa XI.
Abracei o rapaz me sentindo levemente desconfortável com aquele contato humano, mas me esforçava para parecer sincero sem parecer que estava me esforçando.
- Sinto muito pela sua perda, e seja bem vindo, Casa XI. - falo sussurrando em seu ouvido, me afastando um pouco e sorrindo para Libra.
- Não achei que te encontraria aqui, Libra. -


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[RP ABERTA] O último adeus à J. Crowley Empty Re: [RP ABERTA] O último adeus à J. Crowley

Mensagem por Aiden Veal Gough Qua Mar 09, 2016 11:11 pm




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Presenciei algo que parecia ser um lapso de Libra. Ele manteve sua voz audível, contudo as palavras curiosas que proferiu não pareciam ser direcionadas a mim, ele parecia contemplar algo muito pessoal. Diante a sua postura estranha, estreitei minhas sobrancelhas, ficando a encará-lo por segundos suficientes para vê-lo parecer retomar a razão. Ele desculpou-se e estava cada vez mais claro que encarava a vida como um palco que poderia mostrar a cada momento um espetáculo único. Ele explicou sobre Alecto, sobre a única coisa que lhe desagradava nela. E eu apenas o observava, calado e atento. Há momentos em que o silêncio é seu maior aliado para as descobertas mais profundas.

Até que Libra demonstrou interesse sobre minha história. Como ele já deveria saber o suficiente sobre como cheguei aos Zodíacos, perguntou-me sobre o que eu fazia antes de tudo isso. De princípio mantive meu olhar para um ponto qualquer daquele longo corredor, refletia se era relevante expor-me daquela forma a alguém que mal conhecia. Sem falar que minha própria história não parecia nada interessante, parecia apenas um clichê estúpido que poderia ser usado para criar a trama de qualquer um mutante dispensável. Eu até mesmo pensei em mentir, ou omitir alguns fatos, mas no fim decidi ser o mais direto e breve possível. Virei-me na direção do mascarado, apoiando meu ombro contra a parede e começando a responder.

- Provavelmente não sabe, não tenho nada de interessante para contar. Apenas fui um filho rejeitado por uma família maldita. Decidi seguir meu próprio caminho e felizmente me dei bem. Queriam que eu seguisse a carreira dos homens da família, mas eu optei por usar meu cérebro e não uma força bruta e uma mediocridade vergonhosa. Acho que por enquanto isso basta para você. Não espera que eu conte tudo sobre mim para alguém que eu mal conheci e que sequer conheço o rosto, não?

Depois de minhas palavras mostrei um sorriso de canto e meus olhos se desviaram de Libra, deparando-se com uma jovem morena que não reconhecia. Ela poderia ser qualquer uma, poderia fazer qualquer coisa, mas o que fez e o que falou mostrou que ela era muito mais do que eu podia supor.

A morena me deixou sem jeito quando me abraçou sem parecer se importar. Eu realmente não esperava um comportamento como aquele. O abraço foi breve, mas a todo momento eu tinha minhas sobrancelhas semicerradas e minha expressão era de pura incompreensão. Até que ela soltou as preciosas palavras ‘casa XI’. Foi aí que boa parte do mistério pareceu se resolver, e ela chamando o mascarado de Libra só espaireceu ainda mais meus pensamentos. Eu estava diante de mais um membro do Zodíaco, ou melhor, uma membro.

Quando por fim ela me livrou de seu abraço, tratei de ajeitar meu terno e o colarinho de minha camisa. Pigarrei, tentando limpar a garganta e só então me senti preparado para responder:

- Seria muito mais interessante se você se apresentasse antes de chegar mostrando condolências para aqueles que mal te conhecem.

A analisei de cima em baixo, tentando por mim mesmo descobrir qual casa eu tinha à minha frente. Sua chegada não havia dado muitas respostas, e seu estilo, bem, ele poderia representar alguns signos bem definidos, mas preferi aguardar para saber...

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Mensagem por Yuli "Fenton" Coheen Sex Mar 11, 2016 11:07 pm

Apresentações...! 


A resposta evasiva e generalista de Aiden foi bastante útil para o momento, é que de fato ele não tinha motivos para me contar mais sobre sua vida anterior aos Zodíacos e então preferi não prosseguir com o assunto, agora, assustador mesmo foi o gesto de Alecto chegando do nada e agarrando o rapaz.

Confesso que inicialmente eu tomei quase um susto  com o gesto, a minha mão foi na direção da unica Sai que tinha comigo presa num coldre escondida pelas vestes em minhas costas, a máscara não permitia que a minha expressão fosse mostrada ali, muito menos a revirada de olhos que dei ao perceber que a Casa XII simplesmente não sabia como interagir com o luto alheio e essa ação dela foi totalmente despreparada.

Minha mão sobe para a testa de minha "face" num gesto que podia claramente significar "Não acredito que estou vendo isso."

- Aiden, esta é Alecto, também conhecida como Scorpion ou Casa XII. Creio que ela já te conheça. - Apresento a mulher para ele e depois me volto para ela. - -  Minha adorável artista abstrata, Aries não era filho de Crowley e nem era amante dele, a relação de ambos era quase profissional, ele até pode estar com sentimentos negativos, mas não precisa se obrigar a fazer isso. Como pode notar, o rapazote aqui sabe ser bastante maduro com sentimentos e sabe também ser "direto" quando quer, não precisa se submeter a tamanho "papel", não é o seu "forte". -

Falo com a voz grossa e melodiosa que é emitida pela máscara, respiro fundo e prossigo.

-  Haha, essa cena foi definitivamente engraçada. Vocês dois vão se merecer. Haha. -

Falo com humor.









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Mensagem por Alecto Gorgon Sáb Mar 12, 2016 8:48 pm


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Ao lado de Aiden eu demonstrava um sorriso cínico enquanto o olhava de cima a baixo. Por um breve momento pensei que o que Crowley havia me contado fosse exagero, mas assim que ele abriu a boca as palavras do velho soaram em minha mente novamente. "Sua fala é tão áspera quanto sua beleza."
Arquei uma sobrancelha e no momento que abri a boca Libra me atravessou, fazendo as devidas apresentações.
Olhei para o mascarado e um sorriso de alívio passou por minha face.
- Sério que eu não preciso de todo esse drama ? Que ótimo. - falo dando um suspiro.
- O único artista desse grupo e espero que continue assim é você. Não faz meu tipo ficar fingindo as coisas. -
Reviro os olhos e endireito minha postura, agora mostrando quem eu realmente sou, deixo um sorriso no canto dos lábios enquanto olho de maneira fria o língua ferina à minha frente.
- Não se preocupe com as condolências e aproximação física, não irão mais acontecer. - falo pra ele, mordendo levemente a língua para segurar a ameaça que tanto queria falar. Auto controle não era meu forte, mesmo achando desnecessário isso, ainda acho de mau tom ameaçar alguém do seu próprio grupo sem um ótimo motivo, então simplesmente me controlei e pensei nas coxinhas que tanto queria comer.


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Mensagem por Aiden Veal Gough Sáb Mar 19, 2016 11:19 pm




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Eu nem precisei tentar definir por mim mesmo quem era aquela criatura que havia chegado de maneira tão singular, muito menos ela precisou se apresentar, Libra fez isso por nós. E a morena era ninguém mais, ninguém menos que a Décima Segunda Casa, justamente Scorpion, aquela de quem tanto havíamos falado.

Sentia os olhos da morena sobre mim, enquanto ela mostrava um sorriso cínico que não deveria estar estampado nos seus lábios, mas nem por isso tratei de dizer alguma coisa, não ainda. Aguardei que ambos finalizassem suas palavras, mas algo dito pelo zodíaco mascarado me intrigou.

‘’ Vocês dois vão se merecer. ‘’ – Libra dissera, arrancando de mim um sorriso aberto. Não, não estava concordando, nem nada parecido. Na verdade sequer sabia o propósito daquelas palavras, mas me senti tentado a acompanhar sua risada, principalmente por parecer algo tão... Aleatório e sem sentido. Scorpion também finalizou suas palavras.

Voltei a me recostar sobre a parede, agora mais desenvolto, despreocupado, contudo, ainda não deixava de encarar a morena abusada que tinha à minha frente. Ela não parecia tão ameaçadora quanto eu imaginava, principalmente por sua atitude inicial ter sido tão forçadamente carismática, apesar de eu saber que não passava de uma farsa.

- Nem todos tem talento para um teatro bem feito, no entanto, aqueles que possuem, acabam chegando mais longe. Não digo mais alto, mas sim mais longe. Não estou preocupado com demonstrações sentimentalistas ou contato físico, estou preocupado em saber se a tal líder é apta o suficiente para comandar... – aquelas palavras poderiam soar um tanto quanto ásperas, apesar de que naquele momento a última coisa que desejava era afrontar a morena. Eu apenas desejava saber com quais tipos de pessoas iria me relacionar. Libra já havia me alertado sobre o temperamento de Alecto – era esse o nome real da zodíaco – e eu ainda não estava certo sobre suas capacidades. Havia chegado a hora de tentar descobrir, ainda que superficialmente, como Scorpion estava tendenciada a reagir.

- E uma simples conversa pode acabar dizendo muito sobre isso... – finalizei, dando voz também aos meus pensamentos.

O dia, apesar de tudo, estava se tornando cada vez mais interessante. Um encontro entre zodíacos nunca passara pela minha cabeça quando estava me preparando para comparecer ao funeral de Crowley, mas eu não deixaria a oportunidade passar. Havia desejado conhecer a insolente e descontrolada Alecto e por ironia do destino ela mesma que vindo ao meu encontro. Seria bom aproveitar a oportunidade. Voltei meus olhos para Libra e mantendo certo sorriso, perguntei:

- Alguém mais deveria aparecer?

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Mensagem por Yuli "Fenton" Coheen Qua Mar 23, 2016 5:55 pm

Conflito de "ego e orgulho"! 



Havia um tipo de aspereza entre os dois, um verdadeiro "choque" entre forças de níveis semelhantes em direções opostas e desse modo pareciam uma criança provocando a outra, algo infantil e no entanto bastante perigoso.

Aiden parecia acreditar que ofender a "moral" de Alecto com provocações sociais tolas fosse uma boa ideia para testa-la como se esperasse de algum modo que aquilo que eu havia dito se concretizasse e talvez aquilo que eu tinha falado sobre o comportamento da moça apenas tivesse "alimentado" algum desejo de provoca-la, de trazer a tona a mulher destrutível que ela poderia ser, mas agora isso não era mais problema meu, na verdade eu tinha a estranha sensação de estar "sobrando ali" onde os dois ficavam trocando faíscas.

- "Um dia, senhoras e senhores, afogaremos todos os ratos no rio embalsamado, pois sou eu o Rei e o Diabo do povo onde haviam os meninos afoitos perdidos no descaso, quando a flauta parar de tocar, cadáveres boiaram para o mar e mães aos prantos irão sangrar de tanto gritar." -

A voz centrada, constante quase sem nenhuma alteração no timbre de voz.

- Vocês dois já se conhecem agora, vão se matar logo ou terminar numa noite de esbórnia em quatro paredes, ambos finais dessa peça de comédia são possíveis e perfeitamente aceitáveis dentro do ambiente em que nos encontramos, acho que é hora de deixa-los um pouco a sós. -

Falo tornando-me invisível e se afastando um pouco do grupo, mas não saindo do corredor, seria bom observar o que ocorreria entre aqueles dois, encosto na parede e tiro um pedaço de pedra sabão do bolso, ainda em bloco rustico e começo a esculpi-la com um canivete multifuncional meu.










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Mensagem por Alecto Gorgon Sex Mar 25, 2016 8:02 pm


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Ironicamente, ao escutar as palavras daquele jovem a sua frente Alecto sentia seu corpo reagir. Uma espécie de formigamento atravessava todo o seu corpo, abaixo de sua pele.
Um sorriso cínico apareceu em seus lábios. Aquele jovem havia acabado de quebrar a barreira de respeito que Alecto mantinha tão arduamente, a única coisa que impedia de atacar um dos seus.
"Crowley, Crowley. Você se foi e me deixou com um problema nas mãos. Desculpe-me, mas terei que adestra-lo" pensava, aproximando seu corpo do de Aiden enquanto olhava dentro de seus olhos.
A impaciência nas palavras de Libra eram intrigantes, Alecto sentia como se tivesse atrapalhado algo entre os dois, mas naquele momento, aquilo não era um problema para ela.
Sua brincadeira sobre como aquilo deveria terminar fez com que Alecto abrisse a boca para poder responder de forma mal educada, mas parou ao ver Libra simplesmente desaparecer.
- Maldito. - resmungou para si mesmo, voltando seu olhar para Aiden.
- Ninguém mais irá aparecer, provavelmente. Agora que estamos a sós.- seu corpo se aproximava ainda mais do de Aiden, seus corpos praticamente se encontravam enquanto Alecto mantinha seu olhar preso ao dele.
Aproveitando-se da distração, Alecto moveu rapidamente a mão direta que se encontrava próximo a seu corpo, criando assim um vetor abaixo do de Aiden.
- Você disse que estava preocupado, não é ? - sussurrou em seu ouvido, afastando-se um pouco, apenas o suficiente para dar um selinho nele antes que Aiden fosse jogado a 240km/h contra outro vetor que se encontrava no teto do corredor. O vetor do teto apontava para baixo, que apontava para um quarto vetor próximo ao final do corredor.
Aiden era lançado de um lado para o outro, se chocando com o teto e o chão em altíssima velocidade. Alecto não satisfeita, criou um vetor abaixo de si no momento que Aiden passava pelo quarto vetor, que apontava para o local onde eles estavam a poucos segundos. Tirando sua kusarigama de um portal sombrio, Alecto em alta velocidade passa por Aiden que está sendo lançado na direção oposta, as correntes da kusarigama prender o rapaz pelo tronco, jogando-o em direção oposta ao que era lançado pelo seu poder de gravidade, trazendo Aiden para sua direção.
- Não me tente novamente, Casa XI. Pode ser a última coisa que irá fazer na sua vida. Não estou no comando atoa e não tenho problemas de esfregar isso na sua cara sempre que for preciso. - falava olhando para Aiden que estava preso por suas correntes no chão.


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[RP ABERTA] O último adeus à J. Crowley Empty Re: [RP ABERTA] O último adeus à J. Crowley

Mensagem por Aiden Veal Gough Dom Abr 10, 2016 9:05 pm




welcome to the freakshow.
This is where the freaks go, This is the place that they can never take away.

Incrível como um simples comentário um pouco mais ousado pôde causar tantas reações desagradáveis. Eu tinha ciência de que poderia ser extremamente ofensivo, mas tudo tomou proporções inimagináveis, e o pior, em um momento onde eu nem pensava em soar grosseiro.

Libra murmurou algumas palavras e logo depois fez questão de analisar e dar a sentença de quais seriam as possibilidades após o meu encontro com a casa doze. Ele estava certo ao levantar a hipótese de nos matarmos, mas quanto a 'terminar numa noite de esbórnia entre quatro paredes'... Difícil, diria até mesmo impossível de acontecer. No entanto foi divertido saber os pensamentos tão sem sentido do mascarado. Ele ainda teve a 'delicadeza' de nos deixar a sós, sumindo de nossas vistas. Nesse momento suspirei profundamente, olhando para cima, lá tinha alguns pontos de câmeras de vigilância. A cada segundo que passava mais caro ficava o suborno que teria que pagar para o segurança responsável pela monitoria das imagens.

Ao voltar meus olhos para a morena, fui surpreendido mais uma vez com sua aproximação. Ela estava muito perto e me olhava fixamente. Franzi minhas sobrancelhas, aqueles olhos ariscos não conseguiam dissimular que dentro daquela cabecinha caótica alguma coisa estava sendo planejada.

- O que você falou poucos minutos atrás quanto a contato físico? - fiz questão de relembrar, ouvindo-a também fazer uma pergunta que sequer respondi.

Quando seus lábios se tornaram próximos, ao ponto de quase tocarem os meus, desviei meu rosto. Não estava disposto a fazer parte daquele jogo de sedução. E, apesar de bonita, o instinto dominador de Alecto e toda sua aparente necessidade de parecer mais soberana não me causavam nenhum tipo de interesse. Mas isso deixou de ter importância quando a esquentadinha achou de mostrar seu poder na base da força bruta. Quando percebi,  já estava sendo feito de bolinha de ping-pong, sendo rebatido para todos os lados. Só tive tempo de proteger rosto e cabeça. Não satisfeita com toda sua apresentação de força, a casa doze ainda usou uma arma diferente para me ferir ainda mais.

No fim de seu ataque eu gostaria de me levantar rindo de sua cara como fazia muitas vezes em que bebia e enfrentava valentões com o dobro de meu tamanho, eu preferia até mesmo estar morto após tudo aquilo, mas não... Aquela mulher não iria entender o quanto toda sua demonstração de 'poder' havia me ferido, não no físico, eu já havia me acostumado a apanhar, passei bons momentos de minha infância sofrendo como saco de pancadas e não revidando nada quando podia fazê-lo. O dano que Alecto causou foi muito mais psicológico, trazendo à tona lembranças que eu preferia manter enclausuradas para sempre.

Destilando arrogância ela disse mais algumas palavras e após tudo o que acontecera seria sim muito mais inteligente de minha parte me calar e apenas sorrir, como Jonathan sempre me aconselhara, mas o estrago já havia sido feito e eu precisaria de um pouco mais de tempo para me recuperar. Sendo assim encarei os olhos selvagens da zodíaco. Eu sentia meus próprios olhos tornarem-se úmidos, mas não estava disposto a chorar. Após tanto tempo senti que novamente perderia o controle sobre minhas próprias emoções, isso mesmo depois de muito tempo ser monitorado e treinado por Crowley. Raiva, ódio, frustração, revolta e mágoa são emoções que costumamos a sentir sempre, mas houve um momento que cada um desses sentimentos se apossaram de todas minhas vontades, transformando-me em um monstro. Naquele momento eu senti que poderia voltar a acontecer.

Meu rosto se contorceu pela fúria enquanto eu ainda permanecia caído, sangrando por alguns ferimentos abertos e todo dolorido por causa dos golpes. Eu poderia deixar me vencer pelo ódio do passado, pelo ódio daquela que me fizera recordar desse tal passado. Eu praticamente estava sendo vencido pelo meu pior lado, pois disparei as palavras contra aquela que certamente nunca entenderia o que se passava fora de seu mundinho de explosões sem sentido:

- Você faz ideia de quantas vezes eu já ouvi ameaças semelhantes? Praticamente durante toda minha vida. - nesse instante enrolei a corrente de meu Alecto ao redor de meu pulso e puxei a morena. Não sei se por alguma dispersão ou qualquer outra coisa, mas ela caiu ao meu lado. Agarrei sua nuca, trazendo seu rosto o mais próximo que pude do meu e com um olhar feroz e um tom enfurecido, continuei:

- Não importa se você está no comando a toa ou não, se te faz bem esfregar isso na minha cara ou não, o que importa é que você não tem nenhum poder sobre mim. Nem mesmo aquele que tem o mesmo sangue que o meu conseguiu fazer com que eu seguisse suas vontades, não vai ser uma simples mulherzinha metida que conseguirá isso. - e depois disso me forcei a soltá-la em um empurrão abrupto.

Eu tinha certeza que meus olhos cintilavam em uma mistura de cólera e ressentimento, até mesmo sentia o nó na minha garganta ao ponto de quase me sufocar, por isso minha voz no fim saiu um pouco mais abafada. Então repentinamente me descontrolei com um berro:

- Sai daqui. Vamos, se manda! Ou veremos que Libra estava certo ao dizer que iremos acabar nos matando. SAI DAQUI! - Virei meu rosto após o grito, ignorando qualquer palavra, ação ou reação de Alecto, levantando-me com tamanho esforço e dando as costas para ela enquanto soltava um murro forte contra a parede.

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[RP ABERTA] O último adeus à J. Crowley Empty Re: [RP ABERTA] O último adeus à J. Crowley

Mensagem por Alecto Gorgon Seg Abr 11, 2016 11:39 am


Not's safe to cross my path...
...someone can end by Stung

Raramente as pessoas conseguem me surpreender, porque raramente conseguem me fazer esperar algo delas. Meu convívio com Crowley havia sido tranquilo, muito mais tranquilo do que com qualquer outro Zodíaco até o momento, talvez a idade tivesse deixado aquele velho mais sábio, por isso ela sabia lidar melhor comigo, ou simplesmente a forma dele expor as coisas não me irritava tanto. De qualquer forma, a reação de Aiden frente a minha pequena demonstração havia sido impressionante.
Chocada com a mudança do homem não notei quando ele me puxou, me fazendo perder o equilíbrio e cair ao seu lado. Um sorriso cínico passou por meus lábios quando senti sua mão firme em minha nuca e suas palavras que ele achava que soavam ríspidas.
Tudo aquilo era muito estranho, eu não queria mata-lo, estava tão chocada com a sua mudança que me sentia interessada por aquilo, como uma pessoa que era tão técnica e manipuladora podia perder o controle de si assim tão fácil ?
"Péssimo trabalho, Velho" penso, me levantando e encarando Aiden.
- O mocinho então não sabe se controlar. Uau, o velhote gastou tempo atoa com você. - falo, dando uma risada histérica em seguida. Eu não sabia o porque daquele descontrole, e sinceramente, não me importava.
- Se você passou a vida toda recebendo ameaças como as minhas só prova que esse aqui não é o seu lugar, você era fraco, e continua sendo um fraco. Você não vai durar 1 mês nos Zodíacos. E não se preocupe, ao contrário daqueles que te ameaçaram eu cumpro minhas promessas. - falo, saindo do local após mais um descontrole do homem.
O som abafado do soco dele na parede ecou pelo corredor, a transformação daquele homem havia me deixado curiosa, até que ponto Aiden estaria tão machucado psicologicamente ? E até que ponto ele iria por causa disso ?
Pensamentos e pensamentos passavam por minha mente, a ideia de brincar com um novo brinquedinho me animava, por mais durão que ele se mostrava, aquele descontrole havia mostrado que ele não era 10% do que tentava mostrar para os outros, e eu me sentia disposta em destruir aqueles 10% que haviam sobrado.


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[RP ABERTA] O último adeus à J. Crowley Empty Re: [RP ABERTA] O último adeus à J. Crowley

Mensagem por Feiticeira Escarlate Sáb Abr 16, 2016 1:06 pm

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