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[RP INDIVIDUAL] O Ataque

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Mensagem por Lana D'yer Elrien Qui Jun 02, 2016 4:27 pm


O ATAQUE
RP INDIVIDUAL


O local aonde Lana resolvera se abrigar ficava em uma área perigosa de Nova York, e apesar do destino lhe poupar até certo momento, houve uma hora que o inevitável aconteceu. A jovem feiticeira teve seu galpão invadido por dois assassinos e ela precisou ser ágil para fugir e manter se viva.


Participantes: Lana D’yer Elrien & bandidos
Data:  Fevereiro/2016
Clima:  Frio / - 1 grau
Horário:  Madrugada
Local:  Galpão Abandonado em NYC

>> RP INDIVIDUAL FINALIZADA  <<


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Lana D'yer Elrien
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[RP INDIVIDUAL] O Ataque Empty Re: [RP INDIVIDUAL] O Ataque

Mensagem por Lana D'yer Elrien Qui Jun 02, 2016 5:00 pm



— LANA D'YER : NYXER — RP INDIVIDUAL — O ATAQUE

Now I'm a warrior, I got thicker skin. I'm a warrior, I'm stronger than I've ever been. And my armor is made of steel, you can't get in.


I'm a warrior!
Eu não estava mais sozinha naquele galpão abandonado. Fazia quatro dias que tinha Lex como companhia e sua presença me deixava muito mais tranquila. Por conta de ameaças, o empata precisou sair de seu bairro, deixar sua casa, sua mãe, suas lembranças. Jane e eu insistimos para que ele fosse para outra cidade, nenhum traficante poderia encontrá-lo assim, mas ele se recusou, não queria nos abandonar. Alexius impôs uma condição, ele fugiria sim, mas permaneceria em Nova York e comigo. Não tivemos como recusar a proposta, era a única que tínhamos.

Naquele fim de noite eu esperava dormir tranquila, mas me preocupava porque o mutante não voltava. Tinha saído para conseguir nossos lanches, mas já estava há mais de três horas na rua. Normalmente ele fazia isso, no entanto, eu não podia deixar de pensar que algo de ruim havia acontecido. A ameaça contra ele ainda era recente; o irmão de Oliver, o bandido que teve seu joelho estourado por um tiro dado por Lex, era um traficante poderoso que prometera vingança. Nós ainda estávamos em Nova York, vulneráveis, qualquer coisa poderia acontecer.

A noite estava fria, como na maioria das vezes. Eu estava enrolada em um cobertor empoeirado, esticando os ossos sobre o sofá cheio de buracos, repousando a cabeça sobre um travesseiro um pouco mais apresentável que pelo menos não me deixava com alergia. Apesar de muito cansada, virava-me de um lado para o outro, os pensamentos pessimistas não permitiam que eu adormecesse.

Eu tentava me acalmar olhando para as chamas da fogueira, Lex e eu conseguimos acender uma usando pedaços descartados de madeira, um pouco de gasolina para fazer queimar e um latão enorme de ferro para comportar as chamas. O galpão agora vivia aquecido. Deixei que as chamas acalmassem meus pensamentos, a preocupação foi se apaziguando e acabei adormecendo, sonhando com lembranças longínquas que sempre me foram muito agradáveis, elas me traziam paz. Mas logo esse breve momento de calmaria foi interrompido. Sonhava com Érebus me ensinando a tocar piano quando eu ainda era muito pequena, até que uma sombra escura dominou o mundo onírico, transformando tudo em escuridão. Ela gritou:

- Lana, acorde!

De repente minha essência pareceu ser tragada para o mundo real, fazendo-me acordar em um sobressalto. Segundos depois eu teria a certeza de que o aviso me livrara de um grande perigo.

- Acho que aqui estamos seguros.

- Você a matou. Disse que apenas a assustaria, mas a matou.


Eu ainda estava sonolenta, mas a palavra 'matou' me fez despertar por completo. No mesmo instante que consegui compreender aquela palavra, levantei-me imediatamente, em um pulo desastrado que me fez tropeçar em algumas quinquilharias. Maldita falta de sorte! Depois de todo o barulho, um silêncio dissimulado se fez presente.

Prendi minha respiração, o coração começou a pulsar de forma descontrolada sob meu peito, ele batia tão forte que cheguei a pensar que não era somente eu que podia ouvir e sentir aquela vibração intensa e desesperada.

Aos poucos alguns sussurros passaram a ser ouvidos, mas estes não eram das sombras. Cautelosa, mas ao mesmo tempo muito assustada, peguei minha bolsa onde mantinha guardado tudo o que tinha. Comecei a caminhar de maneira curvada, tentando não denunciar minha posição. Eu precisava chegar a uma das pilastras que estava atrás de mim. Para meu infortúnio, só havia uma entrada e saída naquele lugar e para alcançá-la eu precisaria passar pelos intrusos.

Duas silhuetas surgiram em meio às sombras, estavam metros adiante, mas eu conseguia perceber claramente como eram. Uma era alta e esguia, a outra era mais baixa e robusta. Eram homens, suas vozes tinham denunciado isso anteriormente, e estavam armados.

- Olha, eu te disse que não eram apenas ratos. - disse o mais robusto, o assassino. Ele apontou sua pistola na direção do latão em chamas.

- Se quem está aqui te ouviu, não podemos deixar que escape. - opinou o grandão, destravando sua arma. Diante à cena, meus olhos se arregalaram.

- Pela primeira vez você está certo. - o primeiro concordou, dando passos longos e confiantes que o levaram para meu quartinho improvisado. Sem pensar, ele revirou tudo, inclusive derrubando o tambor, logo as chamas que antes me aqueciam passaram a formar um incêndio.

- Seu louco, você quer nos matar?

- Não, desse jeito podemos enxergar melhor e seja quem for que estiver aqui, não poderá se esconder sem o risco de morrer asfixiado. [/color]

Esse era o plano perverso daquela criatura. Por um momento pensei que o destino poupara Lex, sentindo-me melhor por ele não estar ali. Contudo, eu ainda corria muitos riscos. As chamas ficavam cada vez mais altas, os lençóis que forravam o sofá velho logo ardiam, sendo dominados pelo fogo. A fumaça negra alastrou-se em uma velocidade impressionante, assim como as chamas que deixavam o local em uma temperatura quase insuportável.

A dupla dirigiu-se rumo à saída, podia fazer isso sem preocupações, não estavam sendo caçadas. Bastou pouco tempo para que eu passasse a sentir uma forte ardência em meus olhos. Evitava aspirar a fumaça tóxica, mas chegou um momento que isso se tornou impossível. Eu precisava sair dali.

Esgueirei-me entre as sombras, cada dia eu me tornava mais protegida por elas. Tentei disfarçar qualquer ruído, por certo tempo consegui, mas não controlei uma tosse que explodiu graças às chamas. Fui denunciada por mim mesma e de uma maneira bem estúpida.

- Ali! - ouvi o grito e em seguida uma bala acertou uma pilastra próxima. Grudei meu corpo a uma geladeira enferrujada, ouvindo passos acelerados se aproximando. Abaixei-me, esticando com cuidado minha cabeça para descobrir qual direção os bandidos vinham. Voltei para trás da geladeira, respirando fundo, eu precisava de coragem para reagir, eles estavam muito próximos. Suspirei mais uma vez e então agi, correndo na direção contrária àquela que eles chegavam, tentando passar por eles de maneira veloz.

Ouvi gritos incompreensíveis, depois mais tiros estouraram, mas eu não parava de correr. Corria levemente curvada para frente, com as mãos protegendo a cabeça. A saída parecia estar a uma distância astronômica, quase impossível de alcançar. A cada estampido eu me perguntava se havia sido acertada. Esperava sentir a qualquer momento um golpe forte e a dor de uma perfuração feita à bala, eu sabia que as chances de ser atingida eram grandes. E fui, mas o que senti foi uma leve queimação na cintura e finalmente saltei para fora do galpão, rolando sobre o solo de concreto, arranhando meu corpo contra as pequenas pedras e o chão áspero.

- Eu tenho certeza de que a acertei. - berrou o baixinho robusto, sua voz rouca e odiosa era fácil de reconhecer.

Quando passei uma das mãos sobre o local onde antes sentira a ardência, pude perceber que por ali um líquido viscoso escorria. Retirei minha mão e comprovei, eu estava sangrando, o maldito tinha me acertado realmente. Nem tive tempo para analisar a gravidade do ferimento, mais uma vez precisei me camuflar em meio às sombras. Eu precisava sair logo do local.

- Ela deve estar por aqui. - o alto apareceu na entrada, olhando para todos os lados. Arrastei-me para trás de uma árvore de tronco largo, sentia minhas pernas bambearem, não sabia se seria capaz de correr naquele estado. No entanto, eles não desistiriam de me encontrar, eu precisava encontrar forças para reagir, não poderia permanecer parada por mais tempo.

Boa parte do galpão queimava. Levantei-me com certa dificuldade, olhando para trás e vendo a dupla se dividir para me procurar. Aproveitei que os dois buscavam no lado contrário ao que eu estava e passei a caminhar, praticamente arrastando os pés. A lua brilhava alta no céu, a madrugada escura me servia como aliada, eu era protegida e guiada pelas sombras. Segui em frente sem olhar para trás.

Logo esgueirava-me em meio aos pontos cegos de um edifício em ruínas, não tinha ido muito longe. Tal edifício ficava metros adiante do galpão, ao seu lado esquerdo, anteriormente deveria ser uma fábrica, mas estava abandonado. Eu estava em uma área sinistra e esquecida de Nova York. Metros à frente eu encontraria becos lotados de mendigos. Os desamparados pela sorte se concentravam ali e eram bem hostis, por isso preferi ficar dentro da fábrica. Encontrei um cubículo minúsculo dentro de uma máquina que não sabia para que serviria. Nele me infiltrei, escondendo-me. Tremia descontroladamente, não sabia o que o destino planejava para mim, só sabia que precisava me esconder.

Meu coração batia descompassado a cada barulho vindo do lado de fora. Eu estava apavorada e com lágrimas escorrendo pelo meu rosto imundo, chorava de medo, mas engolia meus soluços e qualquer ruído que pudesse me denunciar. Ali permaneci por um tempo que pareceu uma eternidade...





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Mensagem por Tempestade Dom Jun 12, 2016 9:52 pm

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