[RP FECHADA] James Taylor - Primeira Consulta

A psicóloga percebia o nervosismo e a incerteza de seu paciente, o sinal de insegurança:

- Entenda que ela nunca te viu antes, e você nunca a viu, também não conversaram. Um primeiro contato, pode ocorrer dela se sentir interessada em você, seja pela aparência, pelo feeling, por qualquer outra coisa... Não como acontece naquelas cenas doentias que aparecem nos comerciais de desodorantes ou perfumes masculinos, aquilo é muito misógino... Mas uma aproximação natural, talvez pra sexo casual, ou só uma conversa mais "apimentada". Não é comum por uma questão de cultura ocidental, mas pode acontecer.

Elizabeth fala, especificando um pouco mais a situação que havia colocado. Sua percepção da palavra "problema", relacionada por James à situação tecnicamente comum, não por um comportamento mais típico de uma personalidade tímida, ou mais introspectiva, e sim pelo comportamento esquivo:

- Perceba também que essa é uma possível situação, casual, e ainda assim você se referiu a ela como um problema. Me preocupa que a imagem de uma mulher, cuja intenção eu nem mesmo tinha especificado anteriormente, lhe cause a sensação de "problema", simplesmente por ser uma mulher desconhecida.

Elizabeth fala, não escondendo o incômodo, ao se ajeitar na poltrona:

- E quanto à... Ahn, masturbação? Quer dizer, os impulsos sexuais físicos... Você costuma assistir videos, ver revistas?

A psicóloga pergunta para James em um tom sério, tentando ser a mais profissional possível para deixar seu paciente menos constrangido.

Thank's Lyra' @CUPCAKEGRAPHICS

Elizabeth se recosta na poltrona, confiante de que estaria seguindo o caminho certo. Fazer James se questionar sobre suas atividades sexuais, principalmente em volta do trauma que lhe ocorrera anos atrás, seria a deixa perfeita para que ela propusesse o exercício. Se ele concordasse, obviamente:

- E acredito que a grande maioria das pessoas não são. Quer dizer, os padrões sociais de beleza são quase oniscientes, mas isso não quer dizer que não possa acontecer, ainda que seja incomum...

A psicóloga o corrige de forma sutil, tentando demonstrar que não era "algo novo", levando em consideração sua própria experiência com outros pacientes, ele dizer que seria uma exceção à regra da "beleza":

- O que acontece é que você passou dez anos evitando os lugares onde haveria a oportunidade. Bares, por exemplo, muitas vezes são bons espaços que favorecem encontros, ou o próprio meio profissional... Perceba que não é algo que está determinando que isso não seja comum pra você, mas é você mesmo se fechando pra isso... Por esse motivo, e acredito que também isso corrobore aquilo que você pretende buscar, queria te fazer uma proposta.

Ela aguarda uma reação de James, como se fizesse um suspense sutil e, se o paciente fosse um pouco mais perceptivo, perceberia um certo teor "infantil" no momento, mas nada que quebrasse o profissionalismo da psicóloga:

- Eu acredito que o sentimento de pertencer, o sentimento de não estar sozinho, é o primeiro passo pra aceitar que há um problema. É ver que há opções, e diferentes formas "saudáveis" de superar um problema... Eu vou procurar entre meus contatos profissionais grupos de apoio que lidem com esse tipo de situação e problema, e gostaria que você participasse dele. Se for preciso, posso até eu mesma montar esse grupo... Lembrando que essa é apenas uma possibilidade, se sente que não está preparado ainda pra fazer isso, podemos deixar para depois. O que me diz?

Ela pergunta para James.

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Elizabeth compreende a resposta de James, embora não reconhecesse que talvez pudesse ter se excedido um pouco, ao pensar que ele poderia aceitar uma terapia em grupo logo em sua primeira consulta:

- É compreensível a recusa, James. Como tinha dito, era apenas uma possibilidade, eu não iria propôr algo que soubesse que você não estaria pronto pra aceitar. Podemos deixar a terapia em grupo para um outro momento no futuro, talvez. Claro, se você estiver de acordo...

A psicóloga fala para o paciente, olhando discretamente no relógio para verificar quanto tempo havia se passado. Faltavam ainda alguns minutos para terminar a seção, ela se ajeita e prossegue:

- É muito mais fácil estabelecermos os passos de mudança, quando nós já temos uma visão do problema. Enquanto você começou a desvelar ele, e agora começa o processo de aceitação, fica mais fácil organizar alguns passos pra começar a rever algumas coisas. Então como você acredita que poderia começar a trabalhar, o que considera mais urgente?

Elizabeth pergunta, abrindo espaço para que James propusesse um próprio parâmetro de mudança. Do próprio ponto de vista, talvez ele pudesse estabelecer melhor as exceções que estaria, nesse momento, disposto a abrir para si mesmo.

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Elizabeth se ajeita na poltrona, assumindo uma postura mais pensativa:

- Infelizmente não sou quem pode propôr o que você deve fazer. A proposta da terapia em grupo era uma possibilidade, mas quem pode decidir que rumo tomar frente ao problema, é você... Eu só posso apoiá-lo, e lhe ajudar com as suas decisões.

A psicóloga fala para James, explicando que não poderia tomar as decisões para ele. Naquele momento, tudo o que ela tinha era uma visão geral do que havia ocorrido, e a percepção de James de seu próprio problema... E mesmo que tivesse mais informações, não poderia decidir por ele o que fazer:

- Então, nesse momento, a única coisa que posso lhe propôr, James, é que reflita sobre o que aconteceu, não tente reprimir as memórias, ou negar elas... Elas estão aí, fazem parte, mas é um passado que deve ser deixado pra trás, mas não negado. Você tem que seguir com a sua vida sem essa sombra...

Ela fala, explicando para James o que ele precisaria fazer nesse momento, antes de decidir tomar uma mudança:

- Então, como "lição de casa", vou te pedir que faça essa reflexão, pra tentar separar onde essas lembranças te atrapalham na sua vida atual, naquilo que você gostaria de mudar. Tudo bem?

Elizabeth fala para James, aguardando sua resposta.

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Elizabeth respira fundo sorrindo de forma encorajadora, ao ver que James estava comprometido com a vontade de melhorar a própria qualidade de vida:

- Bom, então acho que podemos finalizar nossa consulta de hoje.

A psicóloga fala, de maneira calma e simples, esperando James se levantar primeiro, indo até a porta assim que ele o faz:

- Aqui um cartão meu, tem o celular, no caso de alguma emergência, ou se precisar conversar, pode ligar.

Ela fala, entregando um de seus cartões pessoais, como era de costume para seus pacientes, e abrindo a porta:

- Até semana que vem.

Ela se despede de James, fechando a porta e pegando seu caderno de anotações para escrever algumas coisas nas quais pensar, além de comparar o que sabia sobre o novo caso de James com casos antigos... Após fazer isso, ela limpa a poltrona com álcool nos minutos que restava, para aguardar o próximo paciente, enquanto se senta para relaxar enquanto os minutos passavam.