[RP FECHADA] Haunted Asylum Attack

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Os contatos certos são sempre ótimos aliados e, apesar de estar no Zodíaco a pouco tempo e Londres ser um local praticamente desconhecido para mim, com algumas ligações e muita paciência pude conseguir informações preciosas. Para minha sorte eu não contava apenas com informantes dos Zodíacos, eu possuía minhas próprias fontes.

Entre algumas doses de wisky, muita lábia e longas horas de conversa e acordos, eram quase dez da manhã quando por fim retornei ao hotel vergonhoso onde estava hospedado. Mas estava satisfeito, tinha o que precisava e queria mostrar tudo o que tinha conseguido para Alecto, esfregar na cara dela que eu tinha meus truques também.

Confesso que até pensei em seguir diretamente para o local, resolver tudo sozinho e de maneira breve, mas de acordo com as informações, os carrascos só se reuniam no fim da tarde, eu teria que passar muito tempo apenas esperando. Disseram-me também que aquele dia seria especial, uma das figuras mais importantes iria comparecer. Uma figura importante o suficiente para ser capaz de conhecer e delatar o mandante daquele que tivera a audácia de atacar um de nossos membros. Essa seria uma ótima oportunidade, uma oportunidade única e eu voltava apenas para dizer a Scorpion que resolveria tudo sozinho. Seria bom ver a cara dela, deixá-la para trás com seus pensamentos. Certamente após a surpresa ela nem se importaria...

Cheguei ao nosso quarto sem nenhum tipo de discrição. Abri a melzinho abruptamente, com um quase chute. Tudo proposital, se ela estivesse dormindo, seria obrigada a acordar pelo susto e barulho. Eu segurava o celular com a mensagem tão importante, ali estava o nome e o endereço do manicômio abandonado onde me afirmaram servir como base para os encontros secretos daquele bando de miseráveis. Na primeira oportunidade que tive joguei o aparelho contra ela, já disparando:

- Esse é o endereço de onde alguns carrascos irão se reunir hoje, no fim da tarde. Aquele que pode revelar a identidade do infeliz que mandou caçar Peixes estará lá e eu irei capturá-lo. - fui seco e direto em minhas palavras, já seguindo em direção às minhas malas, precisava me preparar para a aventura. Também tinha voltado por isso, estava sem nenhum equipamento.

AÇÕES:

FICHA X:

☠ As palavras de Alecto eram despejadas com seu sarcasmo característico, algo que eu consegui ignorar enquanto conferia o que seria necessário levar para minha missão quase suicida. Ignorei sua risada, ignorei minha raiva que por um momento me fez pensar em responder, apenas trinquei meus dentes, respirando fundo e colocando o celular dentro do bolso. Encaminhava-me em direção à porta quando a morena retornou ao quarto. Nossos olhos se encontraram por breves momentos, segundos tão curtos que nem tive a oportunidade de demonstrar alguma expressão.

Ela disse que me acompanharia, e eu não reclamaria disso, eu não diria nada pelo simples fato de que aquela possibilidade estava fora de questão. Eu estava decidido a seguir meus planos sem sua interferência. Mais uma vez optei pelo silêncio, optei por não começar uma discussão que acabaria com minha paciência e me faria perder o foco. Respirei fundo e joguei a pistola sobre a cama, como se tivesse acatado suas palavras. Se eu sorrisse de maneira irônica ela poderia desconfiar do que se passava em minha mente, por isso apenas soltei um bufar nervoso, algo que beirava ao inconformado, tudo encenação.

Para minha sorte Alecto retornou ao banheiro. Como imaginei, não sairia vestida da maneira que estava. Aquela era minha chance. As horas corriam devagar, eu ainda teria que esperar mais um pouco, só que definitivamente não queria contar com a parceria de Scorpion. Ela só me causava dor de cabeça, discussões e problemas.

Assim que vi a porta do banheiro se fechando, peguei minha arma e segui em direção à saída pensando nos próximos passos. Talvez inspecionar o local antes da chegada do grupo fosse uma boa idéia. Isso poderia me dar alguma vantagem. Estava pensando sobre isso quando fechei a porta com cuidado para não atrair a atenção da morena. Optei pelas escadas, sempre pensando, refletindo em como agir a partir dali. O que eu conhecia do grupo? Quantos deveria enfrentar? Certamente a melhor estratégia seria me manter oculto e acabar com a vantagem que viria em números. Torcia para que não chegassem em grupo, torcia para que houvesse oportunidades para derrubar um por um, mas individualmente. É... Eu teria que saber ouvir e esperar. E não poderia haver chances para falhas.

AÇÕES:

FICHA X:

☠ Ri enquanto o taxista tentava me persuadir a mudar de ideia e não chegar nem perto do manicômio abandonado. De acordo com o careca, ele era assombrado. Naquela viagem o senhor me fez recordar do quanto os ingleses acreditavam nessas lendas que só te fazem perder tempo com paranoias. Superstições é um atraso na vida, sempre tive certeza disso, por esse motivo chegava a ser hilário perceber o quanto algumas pessoas acreditavam em coisas do outro mundo. Particularmente eu achava isso uma besteira, pessoas mais sensíveis são mais fáceis de acreditar nesse papo de sobrenatural, quando na verdade cada evento pode ser explicado de uma maneira científica. Existem mutantes, não somos 'naturais' aos olhos da maioria, até podem ter alguns 'fantasmas' que usam suas habilidades, mas uma pessoa morrer e continuar em um lugar só pra assombrá-lo, isso é tolice demais.

Eu nem precisei falar que não acreditava, o velho percebeu minha incredulidade pela minha expressão debochada. Não consegui evitar. Tive que ouvir:

- Não desdenhe dos mortos, rapaz... Aqui aprendemos que eles podem fazer sua vida um inferno.

- Acho que os vivos conseguem fazer isso muito melhor. - retruquei de imediato, relembrando de alguns fatos do passado, e por conta disso desfazendo meu sorriso.

Se aquele velho não fosse tão supersticioso, a viagem poderia ser muito mais agradável. No entanto, tudo o que ele fez nos 15 minutos de corrida foi falar sobre as lendas da 'Londres assombrada'. Se eu estivesse disposto a conhecer cada lugar 'assombrado' na Inglaterra, poderia procurar por ele, o taxista seria um ótimo guia.

Quando chegamos ao meu destino tudo o que consegui descobrir foi isso: O local era conhecido por seus fantasmas, pelo histórico de experiência diabólicas com internos e por ter apenas dois andares que já estavam muito vandalizados. Após pagar a corrida e descer do carro, perguntei-me se Columbia, ou melhor, sua área secreta, no futuro se tornaria um lugar dominado por seres espectrais cheios de ódio no coração inexistente e querendo vingança pelas experiências monstruosas que sofriam quando vivos.

Havia chegado ao local e precisava explorá-lo. Ver quantas saídas tinha, onde seria o lugar mais provável da reunião dos carrascos, se era seguro caminhar por certos cômodos. Esses lugares são sempre mais perigosos por estarem abandonados há muito tempo, não dá para confiar nem onde pisamos. Eu não acreditava que os fantasmas faziam do manicômio sua morada, mas por ser um local antigo e esquecido, provavelmente ofereceria riscos. Os carrascos deveriam conhecer isso, reuniam-se ali, eu precisava ter uma mínima noção para não sofrer com um contratempo.

A claridade do fim da manhã me proporcionava a iluminação necessária para averiguar cada cômodo com atenção. E como nos fundos do grande edifício só havia uma parede enorme de tijolos, presumi que a entrada seria pela lateral. Não imaginei que o grupo se arriscaria a entrar pela frente.

Encontrei algumas pontas de cigarro na área que deveria ser o antigo necrotério, ficava no segundo andar e pela quantidade e sempre sendo das mesmas marcas, deduzi que algumas pessoas se reuniam ali, principalmente pelo estado de conservação ser diversificado, o que poderia indicar que foram deixados ali em dias diferentes. Com isso, tracei aquele que seria o melhor caminho para o local. Levei certo tempo nessa pequena investigação e quando por fim parei, olhei para o celular esperando alguma mensagem de Alecto... Não tinha nada.

- Parece que ela entendeu... - murmurei, guardando o aparelho no bolso e suspirando de maneira ruidosa. Estava no primeiro andar, naquela que antigamente deveria ser a diretoria. Havia grandes janelas no cômodo e uma vista perfeita por onde deveriam entrar cada membro do grupo. Naquele momento eu só poderia esperar e já estava chegando o fim da tarde... Eles deveriam chegar. Só esperava que quando chegassem, ainda tivesse um mínimo de raio de sol para me livrar do breu completo dentro do manicômio.

AÇÕES:

FICHA X: