[RP FECHADA] A friend ?

Eu poderia considerar o ataque à 5ª Avenida como um sucesso, pois para mim as coisas haviam saído conforme os planos e ainda com direito a bônus. De início eu queria apenas desestabilizar a população; trazer coragem àqueles que sentiam vontade de se rebelar, mas não tinham coragem; formar um 'Levante' contra o governo hipócrita que tínhamos para dessa forma dar início a uma nova era onde ninguém que tivesse coragem para se rebelar seria calado. O mundo precisava de uma revolução e ela tinha se iniciado de maneira  caótica, como todas deveriam começar.

O bônus sem dúvida foi a ação desordenada  dos grupos de heróis. Heróis para mim só atrasavam a evolução. Era como acreditar em um deus e colocar toda sua vida, escolha e liberdade em suas mãos, vivendo alienado e aprisionado por dogmas que não te permitem pensar ou reagir. Heróis eram tratados como deuses, pessoas esperavam que a qualquer problema eles surgiriam e resolveriam a situação. A população se tornava cada vez mais submissa e anestesiada por isso, havia chegado a hora de mudar.

Tudo estaria muito bem e eu seguiria com a segunda parte do plano se não fosse um inconveniente surgir. Após a reunião pós-ataque, um conflito pessoal entre duas líderes ficou claro. Aquilo era perigoso, já que levaria a desordem para os grupos responsáveis pelo princípio do ataque. Isso não poderia acontecer, não poderíamos nos dividir naquele momento. O conflito era desnecessário e poderia trazer péssimas consequências em um momento de tantas conquistas. Eu deveria me manter à margem do problema caso não o considerasse grave, mas quando chegou a mim que Illya havia aberto uma 'caçada aos Zodíacos' decidi que iria interferir.

Começar falando com a Rainha Negra para tentar persuadi-la seria perda de tempo, provavelmente ela ia querer arrancar minha cabeça. Naquele momento era melhor que deixasse sua raiva diminuir, mas ainda assim eu teria que fazer algo. A raiva da rainha era por Alecto, mas se estendeu para todo o grupo Zodíaco. Eu me preocupava mais com a casa doze e os dois que estavam no beco, havia observado o trio desde o início. Vi Alecto ser a primeira a tomar alguma atitude para 'agitar' aquela avenida e depois houve a batalha. Os Zodíacos haviam se tornado parte fundamental naquele ataque e não mereciam o tratamento que Illya estava dando a eles.

Eu pretendia procurar cada rosto que havia se destacado por sua coragem, mas isso ficou em segundo plano. Assim que soube das intenções da Rainha tratei de procurar Alecto para convencê-la a sair de cena por uma semana. Isso me daria tempo para lidar com a rainha vampira. Não sabia se a zodíaco estaria disposta a ouvir meus conselhos, mas não custava tentar. Havíamos nos conhecido tempos atrás, talvez isso pudesse ajudar.

Acordei mais cedo do que qualquer um e minha primeira tarefa foi ligar para a primeira casa do Zodíaco. Era o mais fraco entre todos, o mais fácil de achar e o mais indicado a ser intimidado. Bastaram dez minutos de ameaças para ele me oferecer um número onde pudesse ligar diretamente para a líder. Guardei como nota mental avisar à casa doze sobre essa sua falha na segurança. Se eu havia conseguido tanto sem nem ao menos mostrar o rosto, imagina o que conseguiriam aqueles dispostos a torturar.

Liguei cedo para a caçadora, tendo o prazer de experimentar um pouco de seu mau humor matinal. A Alecto esquentada era divertida, e todo seu jeito agressivo e desafiador de agir não me intimidavam, eu gostava daquilo. Ela não era a bajuladora hipócrita, ou a oprimida coitadinha. Talvez por isso estivesse arriscando minha paz com Ilya para ajudá-la. Só esperava que no futuro ela reconhecesse e retribuisse o ato.

- Vamos nos encontrar e te ofereço uma colher de mel para neutralizar essa sua amargura?! - brinquei, mas só no inicio. Depois assumi um tom mais sério, tentando mostrar que realmente tinha algo importante para falar, mas não por telefone.

- Preciso te encontrar. Algo grave está prestes a acontecer e você precisa estar preparada para reagir.

Alecto deve ter percebido minha ansiedade, aceitou me encontrar e marcamos um ponto de encontro casual. Eu queria sair às ruas e sentir o impacto causado no dia anterior, por isso escolhi uma cafeteria. Assim poderia afastar o sono com algumas doses de capuccino e observar 'o dia pós-ataque'.

Como Alecto era uma conhecida e eu estaria em uma área externa tranquila, cobrir o meu rosto não seria necessário. Só vesti uma blusa preta, uma jaqueta de couro e um jeans mais escuro. Ajeitei o cabelo e sai com meu jeep. Poucos minutos depois estava na cafeteria, sentado na área externa, apreciando um cappuccino e de olho nos poucos corajosos que se arriscavam a tentar viver suas vidas após um fato tão marcante. As ruas estavam muito mais vazias, a segurança fortificada e eu apenas fechava os olhos e levantava o rosto para sentir a brisa gelada acariciar minha pele  e bagunçar meus cabelos.

A zodíaco chegou repentinamente, sentando-se e emendando uma pergunta. Sorri para ela, olhando ao nosso redor, estávamos praticamente sozinhos no local. Aquele lugar me parecia intimo o suficiente. A garçonete saiu para trazer o que a morena pedira e então comecei a falar:

- Sua cabeça e a dos zodíacos agora valem prêmio. Illya está disposta a caça-los até às últimas consequências. Não concordo com ela, tentarei resolver o caso, mas enquanto isso preciso que você e os dois do beco desapareçam por uma semana. - disse e tomei um gole do cappuccino, percebendo uma parte exposta da atadura que Alecto tentava esconder com uma touca. Tomei a liberdade de cobri-la e brincar sobre o fato, estava de bom humor naquele dia.

- Afinal, de qual sarcófago você saiu?

Alecto não havia saído intacta após o ataque, nem eu saíra, mas era admirável vê-la de pé e sem reclamar. Resolvi esquecer as piadas e permanecer sério, esperando sua resposta enquanto tomava mais alguns goles de meu cappuccino.

AÇÕES:

FICHA X:

Eu não consegui controlar um sorriso de canto enquanto observava a reação de Alecto ao saber que havia virado a caça. A líder dos Zodíacos parecia ofendida. Porém, logo meu sorriso desvaneceu, eu olhei ao longe, para o centro de uma Nova York irreconhecível. Meu olhar pairou sobre o vazio do horizonte, sem focar em nenhum ponto específico. Ouvia as palavras da morena e refletia. Por um momento me questionei como seria o Clube se não tivesse Illya como Rainha Negra. Esse questionamento tinha uma resposta bem simples para se infiltrar em minha mente: eu não confiava na vampira.

Retirei um maço de cigarros do bolso e acendi um, não conseguia ficar muito tempo sem tragar aquela fumaça tóxica que envenenava meus pulmões. Alecto mostrou-se relutante em acatar meu conselho, ela parecia não saber como convencer seus parceiros. Voltei a encará-la, tentava não parecer preocupado, mas ainda não tinha pensado muito sobre o que fazer. Eu só queria tempo.

- Na verdade eu espero sim que você suma junto a esses dois. Minha relação com Illya não é nada estreita, não consigo confiar nela. No entanto, sei o quanto a ruiva se empenha em concluir seus objetivos. Quero evitar que o que conseguimos seja prejudicado, mas também quero saber que membros importantes desse grande ato estão seguros. Como você vai convencer os dois eu não sei, apenas aconselho que o faça. - dei mais uma longa tragada no cigarro, evitava provocar certa tensão ali e Alecto ajudou quando mostrou não entender minha piada relacionada ao sarcófago. Eu nunca sabia o que era mais divertido, se era sua incapacidade de entender algumas brincadeiras ou se era as expressões que fazia. Eu pelo menos tinha a oportunidade de conhecer uma Alecto mais solta, brincalhona, e ao ouvir seu questionamento quase sentido, respondi à altura:

- Agora você me fez pensar em como seria um sarcófago iglu. - e ri. Aqueles comentários idiotas nem pareciam estar sendo feitos por dois mutantes de índole tempestuosa e agressiva. Parecíamos dois bobalhões falando sobre coisas inúteis. Mas a tensão ainda pairava no ar, o motivo para o nosso encontro não deveria ser esquecido.

A garçonete chegava com o pedido de Alecto, eu tomava meu último gole de cappuccino enquanto ouvia com atenção a morena. Esperei a garçonete se distanciar para dar minha resposta.

- De início pretendo ter uma conversa, apelar para o bom senso da vampira. Não acredito que dê muito certo, acho que nessa conversa alguém vai acabar voando pela janela... - tentei manter algum humor, mas senti que fracassei. Por isso decidi continuar sendo sincero.

- Você sabe como eu sou, e o temperamento de Illya não é fácil... Não vou permitir que ela arrisque tudo por um capricho. Se a conversa não funcionar, encontro um modo de mudar sua atenção para outra coisa. Você só precisa manter a si e aos outros membros seguros por uma semana. - suspirei pesadamente. Eu não iria implorar que Alecto me ouvisse, estava fazendo demais inclusive. Se fosse qualquer outro, eu deixaria se virando sozinho, mas aquela escorpiana durona era uma das poucas amigas  que  tinha, talvez a única. E eu ainda precisava manter tudo no controle, aproveitar nosso melhor momento. As duas líderes não poderiam perder tempo com rixas pessoais.

- E aí, o que vai fazer? - perguntei enquanto apagava o cigarro e chamava a única garçonete daquele lugar. Precisava de biscoitos amanteigados.

AÇÕES:

FICHA X:

A múmia provavelmente seria uma foca... Eu pensei em dizer isso, mas o grau de seriedade naquela conversa me fez perder essa linha de pensamento. Eu não conseguia mais sorrir de maneira despreocupada, meu semblante cada vez se tornava mais sério, concentrado. Meus olhos por alguns instantes vagaram pelas ruas vazias de Nova York. Tudo estava tranquilo e ao mesmo tempo pavoroso. Eu admirava essa nova realidade, mas o imprevisto entre as duas líderes turronas me deixava cada vez mais inquieto, principalmente porque o que mais queria era dar uns sacodes na vampira encrenqueira e tentar fazer com que seus parafusos voltassem ao eixo, mas isso só causaria mais problemas... Esse era o mal de não saber lidar com as pessoas, eu precisava pensar mais, planejar mais, não poderia simplesmente explodir todo os que me causavam dor de cabeça...

Alecto cogitando a possibilidade de eu ser expulso do Clube me deixou irritado. Eu não via Illya com autoridade suficiente para fazer isso, e se ela ousasse, poderia esperar uma guerra interna e a destruição de nosso grupo. Não aceitaria tamanha audácia e nesse caso saberia exatamente como reagir.

Encarei a zodíaco, ela poderia reconhecer minha irritação com facilidade, afinal, nos conhecíamos há sete anos e eu não era o tipo que dissimulava meus sentimentos, sempre fui explosivo e transparente, apesar de meticoloso e perseverante. Optei pelo silêncio.

Gorgon revelou que seguiria para Londres com a dupla do beco, coincidentemente aquela seria minha ideia e saber que nossos pensamentos seguiam a mesma sincronia conseguiu me acalmar mais um pouco, dando-me a chance de pedir, por fim, meus biscoitos. A garçonete rapidamente saiu para buscar meu pedido e Alecto prosseguiu com suas palavras. Deixei que concluísse sua fala para só então responder:

- Seria bom me ver livre dessa rainha... - confessei. - Porém, você teria o ódio do clube se cometesse algum deslize. Acho que no momento em que estamos isso seria um grande desperdício de esforço. Tire esse seu tempo para se recuperar, eu estarei de olho na nossa rainha mimada. Acho que já sei como tirar a atenção de Illya de cima de vocês... Vou arrumar alguém para que ela se preocupe ainda mais...

AÇÕES:

FICHA X:

O mundo e toda a população de Nova York demoraria certo tempo para se recuperar após o grandioso atentado, isso era mais que perceptível. Ajeitei meus cabelos para trás enquanto meus olhos se fixavam nos poucos rostos de civis que transitavam pelas ruas. Ouvi as palavras de Alecto, não me surpreendendo com elas, a zodíaco não era tola para se deixar levar pelas suas emoções, tampouco se arriscaria em algo amador. Pelo menos eu confiava nisso.

Com meus biscoitos entregues, pesquei uns dois da tigela e voltei a encarar a morena, podendo perceber que sua raiva pelo Clube era intensa, profunda. Irônico era ela revelar esses pensamentos justamente para mim. Suas palavras me fizeram abrir um sorriso, e eu as retruquei.

- Se o Clube só contasse comigo como líder, tudo seria muito mais divertido. - decidi usar essas palavras para tentar manter um clima ameno. Por mais que eu fosse um desastre lidando com pessoas, conseguia perceber com facilidade toda raiva que guardavam e a raiva de Alecto pelo meu grupo era algo perigoso, algo que eu deveria me manter atento. Zelar pelo Clube, mantê-lo poderoso e fazê-lo prosperar era um dos meus principais objetivos. Esse também era o motivo por eu estar ali.

- Caçadores de vampiros podem ser facilmente encontrados... - comentei sem revelar mais detalhes. Apenas mordisquei um biscoito e mostrei uma expressão peralta para a morena, pouco a pouco eu passava a formar um plano. Illya não poderia caçar se estivesse sendo caçada...

Ri da postura sempre durona que Alecto mostrava, ela deveria saber que isso não funcionava comigo. A zodíaco mostrou um sorriso deformado, não muito convincente. Tentava mostrar certo humor, mas se corroia por dentro. Só que eu sabia que ela falava sério.

- Se nesse tempo eu não conseguir resolver as coisas, abro as portas para quando você for confrontar a rainha. Só vou ter que comprar alguns petiscos e maços de cigarro para assistir de camarote a confusão. - disse em um tom maroto, lembrando-me de acender um cigarro. Mas logo me pus mais concentrado, suspirando profundamente após um longo trago.

- Você já imaginou o que aconteceria se nossos grupos entrasse em conflito? Teríamos mais a perder do que a ganhar. E você deve saber o que eu seria capaz de fazer para manter o Clube de pé... - minhas palavras poderiam soar como ameaça, mas passavam longe disso. Eu apenas quis deixar claro a minha posição, espairecer a mente de Gorgon, fazê-la refletir sobre o que o conflito nos traria se ele se aprofundasse ainda mais em sua revolta.

AÇÕES:

FICHA X:

Pensar em como os 'heróis' viveriam suas vidas patéticas sem ter alguém para agitá-las me fez sorrir. Provavelmente s morreriam de tédio ou revelariam suas faces reais, já que pelo que pude observar, a maioria só queria uma razão para atacar tudo e todos tendo o amparo de uma lei fajuta... Mas se tudo desse certo, as máscaras iriam cair bem rápido e quem tivesse coragem iria ter a chance de mostrar sua verdadeira índole. Contudo, os heróis naquele caso era o menor dos problemas... Alecto deveria reconhecer que uma guerra interna só nos enfraqueceria.

Não consegui me convencer de que todo seu problema com o Clube havia se resolvido, foram muitos anos de perseguição, alguma mágoa ela deveria sentir. Gorgon me fez recordar de Tricie, a Rainha Vermelha que me abriu as portas para o Clube. Ela era gostosa, uma pena ter virado churrasquinho... Nem mesmo apos tantos anos havia encontrado alguém como ela.

[color:87f6=#darkred]- Talvez seja a hora de buscar uma princesa vermelha com origem asiática... O Clube anda muito morno ultimamente... - dei voz aos meus pensamentos. Olhei para a ex-princesa negra, dando uma picadela sacana enquanto dava mais um trago em meu cigarro.

A décima segunda casa deu uma ideia interessante para dificultar a vida de Illya, sugeriu que um vampiro se tornasse seu problema. Aquilo me intrigou, tanto que me fez perguntar:

[color:87f6=#darkred]- Mas por que um vampiro? Seria mais difícil de vê-lo atacar alguém da sua raça...

O clima ao nosso redor estava calmo, apesar do medo que se mantinha presente. Contudo, uma agitação teve inicio em um ponto não muito distante. A alguns metros às minhas costas uma forte explosão aconteceu, levando cinzas, escombros, e poeira pra todos os lados... Alguém havia acordado disposta a bancar a dinamite ambulante e não era eu. Para nossa sorte, os efeitos diretos da explosão não chegou a nós, mas fomos capazes de ver a reação pós-ataque. Pessoas gritavam, policia corria na direção do incidente e eu olhei para Alecto...

[color:87f6=#darkred]- Ainda bem que a monotonia não durou muito... - disse, levantando-me para tentar saber o que realmente acontecera.

AÇÕES:

FICHA X:

Deixei alguns dólares sobre a mesa da cafeteria, aquilo daria para pagar o que Alecto e eu havíamos consumido e ainda sobraria uma boa quantia para a garçonete que no servira. Antes de seguir na direção do local de onde partira a explosão, peguei uma boa parte de meus biscoitos, mordiscando um deles. Ouvi Gorgon comentar sobre a morte dos membros da irmandade, abri um sorriso zombeteiro e logo retruquei:

- E por isso sua cabeça vale prêmio.

Mal terminei de falar e fui segurado pela morena, sendo levado para o terraço de um dos prédios que se localizava ao lado do local de onde partira a explosão. Já sobre o solo, foquei minha atenção no que acontecia do lado de baixo. Um grupo de três ou quatro mutantes fazia arruaça, mas pareciam apenas jovens imprudentes que estavam dispostos a mostrar sua revolta. Pareciam corajosos, mas tolos por não pensarem com mais cautela.

Meus olhos pairaram sobre uma mulher negra, precisei força-los a enxergar melhor, o que era difícil por conta da distância, porém, percebi que ela era a responsável pelas explosões. Isso ficou claro quando lançou uma onda de energia contra duas viaturas policiais que chegavam. Ambos carros explodiram, provocando enorme estardalhaço e grande correria dos poucos civis que se arriscavam pelo local.

- Isso não vai terminar bem... - murmurei.

Via o restante do grupo atacar com golpes físicos e armas os policiais que chegavam à pé. Mais distante dali uma grande quantidade de viaturas chegava. Por mais que o grupo de mutantes contasse com suas habilidades, era perceptível que a polícia ganhava maior número. Suspeitei que em breve novas medidas de contenção seriam tomadas e ponderei o que seria melhor a fazer. O correto seria sair do local sem chamar atenção, mas eu sentia minhas mãos se energizarem automaticamente, eu gostaria de deixar minha marca naquele local.

- Você não me respondeu sobre a questão de um vampiro caçando Illya... - relembrei à zodíaco. Nesse momento buscava algo que pudesse ser impregnado com minha energia explosiva, acabei por encontrar um pedaço de concreto que possuía quase o mesmo diâmetro da bala de minha bazuca. Segurei-o, energizando-o com toda minha carga explosiva. E depois disso o lancei na direção de outra dupla de viaturas que chegava. A explosão  ocorreu assim que o pedaço de concreto encontrou o chão. O estrondo foi forte, os dois carros voaram graças a energia, mas só explodiram quando encontraram novamente o solo. Os carros que vinham logo atrás freiaram buscamente, dando inicio a batidas que ocorreram em cadeia. Por isso havia escolhido justamente veículos que seguiam na frente, eles impediriam a passagem de novos carros, suas carcaças em chamas continuariam a queimar formando uma barreira de fogo. Eu tinha feito de novo, e se os jovens fossem espertos, usariam a brecha para fugirem do local. Eu faria isso.

- Vamos sair daqui, logo a situação deve ficar mais complicada. - disse, virando para Scorpion. Ela não estava em condições para luta, eu não estava bem equipado e tinha meu rosto exposto. Depois de saciar minha sede por destruição, o melhor que poderia fazer era continuar nossa conversa em outro lugar.

ações interpretativas para RP de ação:

AÇÕES:

FICHA X:

Qualquer um poderia enxergar com clareza o motivo para a líder dos Zodíacos e eu nos darmos tão bem; ambos apreciavamos a destruição, nos divertiamos com ela e sempre estávamos dispostos a propagá-la. Naquele dia, mesmo que pudesse parecer precipitado e perigoso, não conseguiamos fugir dessa realidade.

Após meu ataque certeiro contra as viaturas e minha quase saída daquele telhado, a morena não pareceu satisfeita em simplesmente partir sem deixar sua marquinha em todo o caos. Abri um sorriso largo ao ouvir suas palavras, retornando em direção ao parapeito do telhado e sendo capaz de assisti-la usando seus vetores que sempre demonstravam um grande poder de destruição. Definitivamente, Gorgon não nascera para ser um tipo irrelevante ou bonzinho, seus poderes e toda sua personalidade a transformavam em alguém respeitável e admirável entre os vilões.

Sua chuva de vetores atingiu vários homens da lei, humanos desgraçados que certamente não teriam nenhum problema em fazer o mesmo que ela fazia. Se tivessem a oportunidade e os meios, humanos seriam como nós, tão sádicos e sedentos por mortes quanto qualquer vilão. O que os impedia era a desgraça de não nascer com uma mutação, por isso nos odiavam tanto, por isso viviam a nos perseguir. Éramos seus sonhos incapazes de serem realizados.

Policiais caiam e sangravam abaixo de nós. Desnorteados, os mutantes que antes estavam encurralados, olharam para todos os lados, inclusive para cima. Nesse momento puxei Alecto para longe do parapeito, não queria que a vissem. Esperei alguns segundos, aproveitando para comentar sobre sua ideia de usar um vampiro para dar dor de cabeça a Illya.

- Ainda tenho minhas dúvidas quanto ao que seria capaz de tirar por completo a paz daquela vampira. Mas, de qualquer forma, é essa a base principal, e... - lembrei-me de algo que já deveria ter perguntado.

- Como andam as ordens para que os membros do seu grupo não se delatem entre sí? Foi muito fácil conseguir seu contato com a primeira casa, ele não sabe guardar segredos. - revelei. Voltei a olhar na direção do grupo de mutantes, eles pareciam sair do local.

AÇÕES:

FICHA X:

Vi Alecto se virar furiosa logo após eu tê-la puxado repentinamente para que não fosse vista por aquele bando que nos procurava lá em baixo.

- O que foi? Quer ter mais um motivo para ser procurada? - indaguei mostrando um sorriso despreocupado. Não conseguia me intimidar com facilidade, mesmo reconhecendo o talento daquela morena. Se fosse outro mutante que tivesse me olhado daquele jeito, provavelmente já estaria feito em pedaços por aquela atitude simples, mas a zodíaco conseguia me divertir com sua maneira de agir.

Enquanto Gorgon falava sobre os 'elos fracos' de seu grupo, eu dividia minha atenção entre suas palavras e analisar brevemente o que tínhamos ao nosso redor. Para novos reforços não terem aparecido, a situação em Nova York deveria estar muito mais descontrolada do que conseguia imaginar.

- Eu não tenho motivos para me preocupar com eles, mas se alguém como a casa um estivesse no Clube, já teria sido calado há muito tempo... Não sou tolerante com delatores. - comentei, agora mais sério. Não suportava a ideia de 'linguarudos' me rodeando, por isso casos de traição e delatações eram sempre punidos com o maior grau de severidade e algumas vezes eu mesmo era o advogado, o juiz e o carrasco.

Quando uma brisa mais gelada passou por aquele telhado, balançando e bagunçando tanto os cabelos de Alecto quanto os meus, ouvi a morena dizer que aquele circo todo já havia enxido o saco. Ela estava certa, não havia mais o que fazer ali.

Dei meia volta, dessa vez pensando em como a mídia relataria o ataque, mas, principalmente, em como mutantes como o bando de rebeldes reagiriam. Era visível a inexperiência de muitos, e vários como eles perderiam sua liberdade ou até mesmo suas vidas naquele tipo de ataque. Todavia, no fim, apenas os mais aptos triunfariam, a experiência iriam adquirir com o tempo. O que mais apreciei ali foi a coragem. Se bem treinados o pequeno grupo poderia chegar longe. No entanto aquele não era o melhor lugar para fazer um recrutamento e levar membros novatos e desconhecidos para o Clube, essa atitude seria um risco... Mas quanto a isso eu já tinha um esquema formado.

- Sim, Alecto, vamos embora. Ainda tenho muito a fazer no dia de hoje... - e saí do local.

AÇÕES:

FICHA X: